Daqui |
A noite passou num minuto. Foi com um desejo imenso de fingir que hoje não era hoje que abri os olhos. O lusco fusco vindo por entre as frinchas do estore meio aberto do quarto dizia-me que o dia ia nascer, que o meu movimento era necessário ao acordar da casa adormecida. Enrosquei-me. Encolhi-me. Ronronei um pouco. Senti o calor dos lençóis, a colcha ganha de presente de Natal, fofa e quentinha. Era o último momento. O momento que antecedia o primeiro movimento do dia. Até que a noite se voltasse a transformar em dia. Ou ainda melhor, se transformasse em dia de não Inverno.
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