Albufeira, Abril 2009
Nem a mais pesada estrutura de ferro, betão e aço resiste à força que a Terra tem dentro de si. É a força própria de quem é Mãe. As Mães têm uma força que as faz proteger as suas crias de tudo e de todos, enfrentando elas os perigos sem mostrar temor. A Terra quando treme mostra a sua força. O Homem não percebe contra quem é dirigida esta raiva que tudo estremece e faz cair e por mais que pense estar protegido e treinado para enfrentar situações deste tipo, acaba por terra, demonstrando a sua fraqueza, a fraqueza do filho que não entende a raiva da mãe.
A minha Avó tinha imenso medo de tremores de terra. Quando o calor vinha fora de época já ela tremia com medo de sentir a Terra tremer. Pegava no terço e rezava. Afligia-se.
Acabei de ver as notícias de Itália. Tenho medo também. Aflijo-me quando vejo edifícios a desmoronarem, o chão a abrir-se e a engolir carros e construções, pessoas presas debaixo de escombros, lutando para não passarem despercebidas a quem busca e salva.
Não tenho terço. Não sei rezar!
10 comentários:
Também é a manifestação da fúria da natureza que mais me aterroriza.
Um horror.
Beijinhos
Olá!
Esse medo eu partilho contigo...
Beijocas
Receio tudo o que não posso controlar, sobretudo a mãe Natureza, mas não vivo aterrorizada. Sei que se não morrer de morte "morrida", será de morte "matada".
Bjos
Tita
É terrível a força da Mãe natureza. Mostra-nos como somos pequeninos...
Também tenho muito medo.
Tenho medo principalmente que isto aconteça e que a família não esteja junta.
Tenho terço, sei rezar, mas não sei se servirá de muito nessa altura.
A terra vive, sob os nossos pés, sobre as nossas cabeças. Sacode, chora, sopra, explode de raiva. Não vivo no medo dos desastres naturais, mas receio a sua imprevisibilidade.
É uma força poderosa, sem dúvida. Uma limpeza a fundo.
Não precisas saber rezar para rezar: é uma coisa que não se aprende, sente-se.
bjoka
É assustador de facto! Tenho muitos se queres posso emprestar-te!
Rezar... é falar.
Rezar... é agradecer.
Rezar é tambem pedir...
Somos dois, então...
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