“A década que medeia entre os 40 e os 50 anos é para as pessoas temperamentais, para os artistas, sempre uma época crítica, de inquietação e frequente insatisfação, uma altura em que é comum haver dificuldades em lidar com a vida e com nós mesmos. Depois disso, sobrevêm tempos de acalmia. Pude experimentar isso não só em mim mesmo, como também o observei em muitos outros. Por muito bela que seja a juventude, uma época de efervescência e de combates, também o envelhecer e o amadurecimento possuem a sua beleza própria e proporcionam felicidade.
Com 50 anos, o ser humano começa a pôr de lado certas criancices como a obtenção de fama, reputação e estatuto, passando a olhar retrospectiva e desapaixonadamente a sua vida passada. Aprende a esperar, a calar-se, a escutar; ainda que porventura alguma dessas virtudes venha a ser corrompida por quaisquer debilidades ou por algumas fraquezas, nunca deixará de considerar proveitoso este processo.”
Com 50 anos, o ser humano começa a pôr de lado certas criancices como a obtenção de fama, reputação e estatuto, passando a olhar retrospectiva e desapaixonadamente a sua vida passada. Aprende a esperar, a calar-se, a escutar; ainda que porventura alguma dessas virtudes venha a ser corrompida por quaisquer debilidades ou por algumas fraquezas, nunca deixará de considerar proveitoso este processo.”
2 comentários:
Espera pelos 60 e verás! :-))
Abraço
Hermann Hesse é, de facto, fantástico. Foi um homem cheio de problemas na juventude e até chegar à velhice foi sempre problemático.
Com a velhice e a sua aceitaçãqo veio o momento mais feliz da sua vida.
Leste o texto dele que pus ontem ao dar os parabéns ao meu pai?
Tudo faz tanto sentido!
Boas férias, Verinha.
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