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Li, algures, uma entrevista, de alguém, que dizia que a partir de uma determinada idade começamos a ter uma lista de ausentes das nossas vidas e que essa lista determina um pouco, também, o nosso tempo de vida.
Confronto-me diariamente com a minha lista, infelizmente já bem preenchida de nomes. Pessoas ao lado de quem cresci, pessoas que me eram queridas, das quais não consigo deixar de sentir falta.
De quem me lembro muito. Que partiu da minha vida mais cedo do que seria de esperar pela lógica da vida. E se há alturas em que sinto falta de uma fé em algo superior, esta é uma delas. Precisava tanto de acreditar que estes, [que me continuam a ser tão queridos], ausentes estão presentes num outro ponto, que continuam comigo, que não me perdem de vista. Porque quase me esqueço quem sou na loucura dos meus dias e quando me lembro, vejo uma menina a quem ainda faz imensa falta um colo, alguém que lhe empurre a bicicleta sem rodinhas para que aprenda a pedalar sózinha...
1 comentário:
Vera esses ausentes continuam presentes, dentro de ti. Enquanto não os esqueceres vão continuar a viver em ti.
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