Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Debate Quinzenal na AR

Mãe Migrante, Califórnia, Dorothea Lange, 1936

O Apoio às Famílias é hoje o tema do debate quinzenal na Assembleia da República. A protecção dos idosos, o abono de família, o subsídio de acção social escolar e o auxílio no pagamento dos créditos à habitação são as linhas gerais que o Governo pretende apresentar no hemiciclo.
Em termos de protecção à Família há tanto a fazer e vejo tão pouco a ser feito... Vou ver e ouvir com atenção!
* * * * Até agora, nada de novo * * * *

ATL's ou mais horas fora de casa...# [1]



Afinal não o conhecia. Pelo menos pessoalmente, não. Talvez já o tivesse visto dado que os caminhos percorridos são parecidos e há Amigos comuns. O Mundo é mesmo pequeno e o sítio onde vivo uma pequeníssima aldeia! Foi um prazer conhecê-lo e conversar com ele. As ideias são boas, os princípios que as orientam também e na teoria sobre o que falta na vida das nossas crianças/jovens estivemos em sintonia. Como mudar esta sociedade (tal como escrevi no meu post Brain Storming) foi uma questão que ambos pusemos um ao outro e para a qual não encontrámos respostas mágicas.

Gostei dele e prometi-lhe uma apresentação formal do projecto que está a fazer nascer em conjunto com um grupo de Amigos. Assim que fôr inaugurado o Pavilhão novo da nossa Escola, no novo Auditório, para os Pais dos nossos Meninos!

ATL's ou mais horas fora de casa...


O Presidente do Conselho Executivo da Escola dos Ms 2 e 3 deve adorar-me! Mandou-me, via telefone, um senhor duma empresa nova, cheia de ideias novas, que quer pôr a funcionar um ATL na 2.3. Atendi o senhor muito simpaticamente, expliquei-lhe que não concordava que os miúdos passassem ainda mais tempo na Escola, que a Escola deve ser para os tempos lectivos e não para os tempos livres, que a Família tem que estar presente e não demitir-se cada vez mais, enfim...todas as minhas melhores teorias e argumentações. Ainda assim não me consegui escapar ao objectivo primeiro do telefonema - encontrarmo-nos para que me apresentasse a empresa e as ideias inovadoras que têm. É daqui a meia hora (ainda por cim acho que a voz dele não me é estranha, mas não consigo associar a uma cara...vou ter uma surpresa!).
É por estas e outras que continuo a pensar que não me escapo de ir para o Céu quando morrer...

Lentidão...

Tenho-me visto pouco aplicada. Poucos posts, poucas visitas, poucos comentários. Não me apetece deixar abrandar o meu blogue, mas a minha Internet está lenta como os animaizinhos que ilustram estas linhas. Mais lenta. Se é que isso é possível. Para mim, que sou acelerada e não gosto de perder muito tempo, vir escrever, ler o que os outros escreveram e comentar e demorar imenso tempo neste processo, é uma neura. Como o meu blogue e os que leio habitualmente fazem parte de um prazer e não de uma neura, tenho andado pouco por aqui. Alguém quer ligar para a Cabo e reclamar da lentidão do serviço de Internet? Não há pachorra!

terça-feira, 17 de março de 2009

Caligrafia, ou como eu me elogio a mim própria...

Desde pequena que gosto de escrever. Lembro-me da minha Professora primária ter uma letra cheia de floreados. Lembro-me que nunca dei erros e que sempre tive "uma letra muito bonita". Os anos foram passando, eu fui avançando na minha escolaridade. Habituei-me a ver a minha letra em várias mãos, pois era comum os meus cadernos serem fotocopiados para os meus apontamentos servirem para o estudo de colegas e amigos. Sempre gostei de tirar apontamentos, de escrever tudo o que me parecia importante e nem isso me fez estragar a letra. Continua certa, escreva em linhas ou sem elas, e cheia de floreados "que já não se usam", ao ponto de haver quem olhe para o que escrevo à mão e diga que não percebe nada...para me irritar, claro!

Ontem e hoje, para além de dias de outras semanas anteriores a esta, estive fechada numa sala, numa escola, numa Comissão de Análise de Candidaturas a Director. Como sempre, escrevi que nem uma desalmada, para que quando chegar a hora de fazer os relatórios, esteja tudo bem explicadinho no papel, sem margem para dúvidas. Ao longo destes dias tenho ouvido exclamações perante a imagem das palavras que se alinham no meu caderno. E fico vaidosa. E tenho pena que estas palavras não estejam manuscritas para que todos vós possam dar opiniões sobre os meus arabescos, mas reconheço que gosto muito, também, de escrever nesta máquina e não é por isso que perco "a mão"!

Brain Storming


Assaltam-me dúvidas que me incomodam. Mais uma vez penso que pensar demais não é terapia para ninguém. Pensar faz doer e dôr é o que maior parte de nós, humanos, não quer sentir. Assaltam-me dúvidas sobre o que andamos a fazer. O que andamos a construir. O que vamos deixar, se é que vamos deixar alguma coisa. Que sociedade é esta que se foi reformulando, adaptando a novas descobertas, tecnologias e exigências e que se vai esquecendo, todos os dias, que tudo é obra humana? Humanos?! Será que ainda existem alguns? Ou será que todos e cada um de nós já não passa de uma mera peça de uma máquina que se vai revelando devoradora das características que fazem de nós humanos? Onde estão sentimentos, princípios e regras? Faço parte de uma geração que assistiu à mudança. O termo de comparação está na memória e na voz dos que me antecederam. Na minha carga genética existem os dois termos de comparação. No meu ser, humano, só um prevalece e é esse um que me faz gostar de pessoas e de diferença. O termo de comparação que cresceu comigo, e do qual não tenciono abdicar, acredita em solidariedade e justiça que não vejo prevalecerem numa sociedade onde, pela Carta dos Direitos que nos devia reger a todos, todos deveríamos ter direitos e deveres iguais. Há muito por fazer, muito por mudar e não consigo ver vontades de mudança. Não posso ficar indiferente a notícias que continuam a surgir sobre comportamentos desadequados dentro das escolas, pior, dentro de salas de aula onde o professor deveria ser o símbolo da autoridade a respeitar. Não posso ficar indiferente a notícias que me alertam para o facto de a sociedade estar a fazer dos seres/pais máquinas que se veêm obrigadas a cumprir objectivos cada vez mais difíceis, para conseguirem manter o que por direito deveriam ter - uma Família. Preocupo-me, mas não sei como fazer a mudança e esta ignorância volta a preocupar-me. Não percebo porque não se cumprem regras, não percebo porque não se punem, na hora, comportamentos que não podem ser o exemplo para outros. Assaltam-me tantas dúvidas. Gostava de poder contribuir para a mudança, gostava de ser parte dela, porque é necessária, urgente, para que nós, os humanos, sejamos o que realmente somos. Cabeças que pensam, mas que pensam certo, corações que sentem, mas que não podem amolecer, transmissores de regras e princípios que não podem desaparecer sob pena de as nossas sociedades passarem ao lado da sua caracterização maior - Civilizações.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Segunda Feira ! ! !

O dia de hoje promete! Para descomprimir de um fim de semana de sol radioso passado em casa, em casinha mesmo, hoje vou "pirar-me" e só voltar ao final do dia!

Na Escola do Manel e do Martim está a decorrer o processo de eleição do Director. Hoje é dia de entrevistar os candidatos ao cargo. De manhã vou reunir-me com "colegas" Mães para preparar as questões que, em nome dos Encarregados de Educação, queremos ver respondidas. A partir das duas da tarde, lá estarei. Na Comissão de Análise das Candidaturas, a ouvir os candidatos.

Vai ser um dia e tanto!

domingo, 15 de março de 2009

Surpresa


Apetece-me uma surpresa.

Que apareça, vinda do nada.

Nada de muito extraordinário...

...um abraço apertado basta-me.

Cinco dedos de conversa, uns elogios à mistura, um "quase morria de saudades tuas"...

..Se eu continuar a desejar muito, pode ser que aconteça!

Paul Auster, Homem na Escuridão

Acabei. Fica aqui um bocadinho...do meio da págª 154. Um discurso, um pensamento que tem muito de verdadeiro.
"[...]
Eu sempre quis ser escritor. Toda a minha vida tive esse sonho. Tu sabes disso, August. Há uma quantidade de anos que te mostro as minhas indigentes tentativas literárias, e tiveste a amabilidade de as ler e comentar. Encorajaste-me, e estou-te muito grato por isso, mas ambos sabemos que não valho nada. As coisas que escrevo são pesadas, insípidas, não têm interesse nenhum. Em suma, são uma merda. Todas as palavras que escrevi até agora não passam de pura merda. Há dois anos que deixei a universidade, e passo os meus dias sentado a uma secretária, a atender chamadas numa agência literária. Que raio de vida é essa? É uma porra de uma vida tão segura e tão estéril que já não aguento mais... Eu não sei nada de nada, August. Eu não fiz nada de nada. É por isso que me vou embora. Para viver uma coisa que não gira em torno de mim. Para mergulhar de cabeça no grande muundo, neste mundo abjecto em que vivemos, para descobrir o que é que sentimos quando somos actores no palco da história.
[...]"

sábado, 14 de março de 2009

Just don't think and...

Daqui

Levantei-me a pensar quais seriam as linhas de hoje. Ainda alinhei duas ou três, mas rapidamente as abandonei num canto escuro da minha cabeça. Nã...não era nada daquilo que esperava que as minha mãos escrevessem hoje. Já basta a neura em que estive "mergulhada" ontem. O melhor mesmo é esquecer esta coisa do blogue e deixar-me andar pelo fim de semana, mas depois percebo que fim de semana é um conceito criado para aqueles que passam uma semana inteira fora das suas casas. Fim de semana é um conceito que prevê descanso, preguiça entre sofás, jornais, esplanadas e os passeios "domingueiros" que entopem as estradas sobranceiras ao mar. Ora se eu não passo a semana fora de casa, se não preguiço entre os sítios preferidos por todos os que o podem fazer, como hei-de chamar a estes dois dias em que continuo a fazer tudo igualzinho ao outros dias? Agora, por exemplo, estava a brunir. Um passatempo a que me dedico diariamente para fortalecer o músculo do braço direito e para desenvolver os peitorais do mesmo lado! Sai mais barato do que o ginásio e ainda tem a vantagem de o vapor vir para a cara e servir de tratamento à pele!

Às vezes gostava mesmo de não pensar tanto, porque as pessoas que não pensam tanto são, geralmente, mais felizes. Ou não? Não questionam opções, aceitam o que a vida lhes vai dando e parecem sempre felizes.

Começo a concordar com quem me diz que leio demais, que meto ideias "esquisitas" na cabeça e que devia arranjar um part-time como recepcionista. Já me estou a imaginar! É que qualquer uma destas coisas tem mesmo "a minha cara"!

Bem, como estamos no tal período em que devemos "des stressar" é isso que vou fazer e Have Fun!!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dormência

A minha Máquina nas mãos da minha Filha,

Lisboa, Janeiro 2009

Hoje entrego-me ao vazio.
Há uma sensação de paragem. No tempo. No espaço.
Tudo está suspenso. De mim. Da minha energia que hoje não está.
Silêncio.

Nem os livros que comigo costumam conversar, têm hoje algo a dizer.
Já abri e fechei alguns. Na esperança de que falassem.
De que me oferecessem algumas palavras.
Silêncio.

Ignoro o Sol que me chama lá de fora
Observo-o só.
Do cimo do meu telhado.
Silêncio...

Março, em Flor

Eu e a minha Máquina, hoje, em casa

Descobri hoje,

por mero acaso,

que o marmeleiro que (sobre)vive no jardim está em flor!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Chá Memorial


Alheio-me do pensamento que me inunda.
Que me assalta os dias e me lembra.
Que me enlaça.
Que não me deixa ignorar.
O que teria sido o que nunca chegou a ser.
Forte, mas efémero.
Acusa-me de medo.
Lembra-me quão efémera é, também, a Vida.

Vertigem # [1]

Vertigem


A minha Máquina nas mãos da minha Filha, Março 2009

Vertigem n.f.
1. sensação de falta de equilíbrio; tontura;
2. [fig.] tentação súbita; desejo irresistível;
3. [fig.] desvario (Do lat. vertigine-, "redemoinho")

De azul
De céu e de Mar
De corpo quente a entrar no frio da água
De olhar cruzado e não sustentado
De toque inesperado e não ocultado
De desejado e não alcançado
De música tocada e arrepio corpo fora
De palavras escritas faladas silenciadas
De viver!
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