Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Já de volta a Casa

Eu e a minha Máquina,
Praia, Aveiro, Páscoa 2007
Corro a minha barra de links e leio na diagonal o que cada um dos meus "vizinhos" escreveu. Não me detenho especialmente em nenhum, não abro caixas de comentários, mas demoro mais um pouco no que o Filipado João Marchante escreveu. Acabo por linkar o post de hoje. Nas palavras dele sinto as minhas...

Regressei de cinco dias de puro descanso e cura de aumento de peso. Amontoam-se roupa para lavar e malas para desfazer, mas o que me faz sorrir continua cá dentro. Desta vez a reserva de amizade que acumulei. Só sentindo uma grande Amizade se troca o sossego de uns dias feriados passados a dois por uns dias feriados com a casa inundada por uma Família de seis pessoas. A L. e o R. são o melhor (aliás, o único) exemplo dos verdadeiros Amigos. Receber seis pessoas não é para todos, mas viver fora do reboliço da grande cidade e seus subúrbios também confere à vida e à forma de a viver características que não encontramos nos nossos ritmos citadinos.

A Amizade não se agradece, retribui-se, mas quando nos chega assim tão pura, tão sincera, tão cheia da paz que queremos encontrar, as palavras e os gestos não chegam para dizer o quanto a apreciamos. Porque sei que a L. vai passar por aqui, simplesmente, Obrigada!

domingo, 14 de junho de 2009

Directamente da Província # [7]

Eu e minha Máquina,
Marchas Populares, Stº António em Estarreja

Quem diz que fora das grandes cidades não acontece nada, engana-se! Aliás, hoje é o meu último dia de estadia em Estarreja e já estou a pensar porque raio não posso ficar por aqui...

Tal como na capital lisboeta também aqui em Estarreja o Stº António é o padroeiro da cidade. Na noite de Stº António, de 12 para 13 de Junho, os locais de Estarreja e das freguesias vizinhas distribuem-se em redor da Praça do Município para ver as Marchas a passar. São velhos, novos, adolescentes e crianças. Os passeios em torno da Praça ficam apinhados e os cafés e restaurantes agradecem a Stº António a devoção dos populares!

Os grupos que desfilam, à semelhança do que é tradição em LIsboa, são representantes de várias freguesias e são também os que, no Carnaval, desfilam como Escolas de Samba. Cada grupo vai vestido e com acessórios que representam o que é típico na sua freguesia. Esta fotografia é da marcha da freguesia de Pardilhó. Um grupo muito bem vestido, com imensa gente bonita e simpática. O típico desta freguesia é a tecelagem. Todas os elementos femininos foram vestidos com saias feitas em tear, coloridas e muito bem conseguidas no conjunto da marcha. Foi nesta que apostámos e foi esta que ganhou o desfile 2009!
Foi um Stº António muito bem passado que terminou com a actuação de uma banda - SonJovem - que nos fez cantar, dançar e rir o resto da noite!
Alfacinhas à solta na província!!!!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Directamente da Província # [6]

A minha Máquina noutras Mãos,
a captar o meu bronzeado "à surfista"...

...E agora vou sentar-me à sombra da tangerineira a ler o meu livro...

...A fazer companhia à minha Filha que estuda sentada à sombra do Limoeiro...

Directamente da Província # [5]

Eu e a minha Máquina,
a Tangerineira que dá a melhor sombra do Jardim

Apesar de ser uma "menina da cidade", na minha infância houve sempre tempo de férias na província. Quem me tira a proximidade do Mar, o cheiro da maresia pela manhã, quando a maré está vaza, tira-me o meu ar, mas o campo também me faz falta. Acordar no meio deste verde é um privilégio. Sabe-me bem estar aqui.

Directamente da Província # [4]


Eu e a minha Máquina,
a Cozinha mais Produtiva do Mundo tem um Gatão!!!!

Não gosto de Gatos. Confesso! Não é não gostar ao ponto de lhes dar pontapés. É um não gostar feito do desconhecimento que tenho dos gatos. Reconheço que são muito mais independentes e têm muito mais personalidade do que os cães, mas não os compreendo muito mais do que a constatação deste facto e isso faz-me ter algum medo deles.

Este Gatão que parece saído de uma história para crianças ou de um filme de desenhos animados, é aquilo a que se pode chamar um Senhor Gato. Chama-se Liro. É super independente. Entra pela janela da cozinha dentro, logo de manhã. Vai à taça e come. Roça-se nas pernas de quem estiver ao pé da bancada da cozinha e ronrona. Salta, põe-se nesta pose de dono da casa à janela para logo a seguir sair para a rua por onde passeia até serem horas de jantar.

É lindo, de morrer :-)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Directamente da Província # [3]

Eu e a minha Máquina,
Uma rosa especial no Jardim da Belita

Fecho a casa e saio sem olhar para trás.

Dentro de mim vai o que me faz sorrir.

Directamente da Província # [2]

A minha Máquina noutras Mãos

Vá lá! Digam o que é que está a mais

neste Corner de Nails...

Directamente da Província! # [1]

Eu e a minha Máquina, hoje,
da janela da cozinha mais produtiva do Mundo!

Aviso - este post é escrito em equipa
(a equipa está muito empanturrada e não está a conseguir ... )!

Ao final da tarde, depois da ida ao médico lá carregámos o carro e viemos A17 acima a tempo de um belo jantarinho e de uma saída nocturna e molhadita. Na praça do município tocava ontem uma banda de nome AMSTERDAM KLEZMER BAND. Dançámos, gostámos e ... bebemos "Mines"!

O dia de hoje amanheceu cinzentito, mas não nos tirou a vontade de ir à fava...logo a seguir ao duche, lá para a uma e tal da tarde, depois de um belo pequeno almoço, e enquanto esperavamos que a Bimby cozinhasse o belo do coelho campestre, mudámo-nos para o faval. O resultado foi este:
Eu e a minha Máquina, na Cozinha mais produtiva do Mundo!

Comemos ... Comemos ... Comemos ... Ficámos moles ... O Sol decidiu abrir e as favas tinham que ser descascadas. Manta verde, kitch, na relva. Caixinhas de plástico, sacos de plástico e favas. Descascámos ... Descascámos ... Descascámos ... as unhas ficaram completamente pretas, as mãos completamente encardidas. Alguém se lembrou que o melhor que tinhamos a fazer era ... arranjar as mãos. Boa, boa! Rapidamente se formou um "Corner de Nails"!

A minha Máquina noutras mãos, no Corner de Nails :)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Vejam como é agora o meu Google!

Ontem o Álvaro falou-me ao jantar de um new look do Google que é um "energy saving". Eu, como sou muito adepta das questões ambientais decidi optar por ele. Cusquem lá e adoptem-no também!

Porque Sim...#[1]

Feriados

Vamos mudar de ares. Deixar o nosso Mar e aproximarmo-nos da Terra. Dos verdes. Das cores das flores campestres. Do cheiro que só o campo tem. Pinheiros, eucaliptos. Animais em terrenos contíguos. Queimadas.

Vamos mudar de ares durante o tempo que duram os feriados. Comemorar o Stº António noutras paragens. Pelas nossas contas já deveríamos estar a caminho. Como diz uma Amiga, "os Limas são sempre atrasados!" É verdade. Não somos mesmo nada cumpridores de horários nos dias que a eles não obrigam (às vezes nem nos dias de semana...mas isso são outros quinhentos!).

Hoje foi um mau estar do Mateus. A meio da noite. De manhã quando se levantou. Manteve-se manhã fora. Trocámos as coordenadas do GPS. Cascais e o seu belo hospital passaram a ser a rota. Por lá está. Ele e o Pai.

Havemos de ir passear. Ainda não sabemos a que horas ou se será ainda hoje...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aroma

"Mãe, porque é que cheiras sempre tão bem?", pergunta-me o Martim enquanto encosta o nariz ao meu braço nú. Não sei responder-lhe. Digo-lhe apenas que sou Mãe e que as Mães cheiram sempre bem. Volto atrás no tempo. À casa da minha infância, da minha juventude, da minha idade adulta jovem. Recordo o prazer com que abria a porta do armário de roupa da minha Mãe. de dentro dele saía sempre um cheiro que eu inspirava profundamente. Que me invadia de uma sensação tão boa. Reconfortante. Tenho dado por mim a pensar neste cheiro. Tenho dado por mim a abrir a porta do meu roupeiro e a ser invadida pelo cheiro que na infância era o cheiro do roupeiro da minha Mãe. E sinto-me calma. E sinto-me bem...
...
Aroma, o título do livro que está no link. Comprei-o na Feira do Livro de Lisboa. €5, Dom Quixote. Não me lembro de alguma vez o ter visto na minha loja de livros favorita, mas no dia em que calcorreei a Feira do Livro apaixonei-me por ele. Pela capa de fundo escuro. Pelo rosto feminino, a preto e branco, que dá cor ao preto de fundo. Pelo título, Aroma. Pela dedicatória que abre a narrativa "Às almas sem fronteiras". Porque me sinto uma. Cada vez mais...

...se algum dia escrevesse um livro, com que dedicatória o iniciaria? Dedicá-lo-ia a alguém em particular ou apenas a quem o quisesse possuir? Alguém viria a ter o seu nome na primeira página do meu livro?...

Always this side of Me


O meu blogue fala de sentimentos.
Sempre.
Os meus. Os dos outros. Os meus pelos outros. Sempre.
Fala de sentimentos porque eu gosto de sentimentos, valorizo-os, fazem parte de mim.
Sempre.
Alguns sentimentos são sentidos. Alguns sentimentos são inventados. Alguns sentimentos são tão arrebatadores que não consigo expressá-los por palavras e afixá-los ao Mundo. Aqui.
E assim vai andando o meu blogue. A explodir, porque é como eu ando sempre. Apaixonada. Por todos. A distribuir a ternura que me sobra por todos os que me rodeiam e me fazem sentir bem, porque dar o que nos é mais caro é a melhor forma de amar e eu gosto de dar. Gosto de distribuir este sentimento arrebatador, porque senão o fizer vou rebentar. E eu quero continuar a viver.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Son(h)o


O escritor adormeceu. A cabeça caída em cima das folhas rabiscadas, dactilografadas, corrigidas. A máquina de escrever, com a folha metida no rolo. O escritor não gostava do computador enquanto criava. Para ele, o matraquear das teclas da máquina era inspirador. Precisava de apagar? Não fazia mal, pegava no lápis vermelho e riscava. O computador tornava-lhe demasiadamente fácil a criação. Corrigia-lhe erros, dava-lhe liberdade para apagar e voltar a escrever infinitas vezes. O escritor não gostava. Habituado a escrever ao correr da pena, impacientava-se consigo próprio quando se punha a hesitar. O escritor adormeceu. De exaustão de noites seguidas em branco. Na cabeça e no papel. Sabia que não podia exigir a si mesmo a criação contínua, mas angustiava-se sempre que as ideias não vinham. Perdia o sono. Saía da cama para se vir sentar à frente da máquina, sempre na esperança de que o simples olhar para as teclas lhe imprimisse a inspiração de que necessitava. O escritor dormia. Com os braços cruzados sobre a mesa. A cabeça deitada de lado. Dormia um sono agitado pelo medo, pelo pesadelo de nunca mais ser capaz de escrever uma palavra. No sonho via-se a si próprio um homem diferente para quem as letras e os instrumentos de escrita eram apenas imagens. Queria tocar-lhes, agarrá-las, fixá-las à sua vida mas não conseguia. Elas fugiam. As palavras animadas pela liberdade de não serem inscritas numa folha em branco, esvoaçavam. Todas tomavam a forma das palavras riso, troça, gargalhada, fuga. E o escritor, desatinado no seu sono agitado, entendia-se. Perdoava-se. A exigência e a dureza que a si próprio dirigia, amolecia. O escritor passa do sono à vigília. Os olhos semicerrados abrem-se para a claridade do dia. Com a cabeça ainda deitada vê a sua velhinha máquina de escrever. Silenciosa. Pacífica. Ansiando por sentir aqueles dedos. Ansiando pelas palavras nascidas da batida. O escritor acaricia as teclas. Sorri. Vai voltar a escrever. Vai escrever todos os dias da sua vida...

Digressão

Depois do sucesso alcançado no Campo Pequeno, em Lisboa, o espectáculo muda de cidade. Ouvi dizer que Ovar se rendeu às vozes que encheram o palco do novo Centro de Arte...será que foi mesmo verdade? Estou à espera de notícias frescas!




"A trilogia Carmina Burana é obra coral de exuberante alegria e fortes acentos eróticos. É uma música quase sem harmonia, baseada só em elementar forma rítmica, acompanhada, na sua forma original, por orquestra inédita: principalmente instrumentos de percussão e vários pianos. Os melodismos, particularmente nos recitativos, são reminiscências do cantochão gregoriano."

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