Grafia
A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
domingo, 31 de outubro de 2010
ETERNITY (FOR MEN), Pedro Mexia
Ela deu-me eternidade
em papel de aniversário
embora não fossem os meus anos.
Fez-me mal, agora
que o cheiro dela e o meu
já se tinham misturado.
Prenda de namorados, o símbolo
era ilusório,
e o amor acabou antes ainda
do frasco.
Domingo com Recheio de Sabor a Sábado
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Hopper, Edward Street Scenes Sunday Estranho olhar lá para fora e ver que a escuridão já se instalou. Afinal ainda são pouco mais de seis da tarde. O que vale é que amanhã é domingo outra vez! Hoje ainda não disfrutei muito da sensação de descanso que é suposto trazer o dia de domingo, mas o facto de na próxima semana ter dois dias de ausência de casa obriga-me a adiantar o trabalhinho doméstico (e chato!!!). Termina hoje o mês de Outubro. O mês, que por aqui, tem mais recheio de acontecimentos sociais termina com mais um. Uma das minhas "sobrinhas" completa hoje 16 anos e é com ela que iremos jantar e passar o serão que esperamos animado. Amanhã não vamos acordar ao som irritante do despertador às 06:45. Só vou ter de me levantar às 09:00 para poder ir para uma reunião da Associação de Pais, que é sempre um programa que me agrada! Na verdade não se pode dizer que o meu poder criativo esteja no seu melhor, mas o que se há-de fazer? Ler, abanar a cabeça, pensar..."esta está a bater mal"... |
sábado, 30 de outubro de 2010
É fim de semana grande.
Que bom. O sábado chega ao fim, mas ainda temos mais dois dias pela frente para sentir como é bom estar por casa, todos, sem horários a cumprir, sem tarefas rígidas, obrigatórias.
Amanhã muda a hora. Entramos cronologicamente no Inverno que já se tem feito notar nas últimas horas. Ontem. Hoje. Chuva e mais chuva. Não está frio, mas está escuro e húmido. Está-se bem em casa. Estou com uma tosse parva. A puxar pelo meu lado asmático. O forno continua avariado e isso é irritante. Passei uma semana inteira sem poder fazer um bolo ou umas bolachas. Sinto a falta do cheiro a bolos na cozinha. Ontem, no treino de corfebol, chegámos à conclusão de que há muitos candidatos ao lugar de meus/minhas filhos/filhas...eu gosto da sensação. Combinei um lanche cá em casa. Amanhã à tarde. Não sei bem o que vou servir ao lanche com o forno neste estado irritante...O Mac da Catarina já cá está. Uma "bomba". Em terceira mão, mas mesmo assim uma "bomba"! Estou tão contente por ela. Acho que ela merece ter um bom computador para começar a estudar com um suporte adequado as matérias de que gosta. Estou deserta por que ela chegue a casa para o experimentar. Como não posso fazer bolos ou bolachas, estou a fazer arroz doce. Para o jantar vou fazer um caril de frango. Com um belo arroz branco. Apetece-me. Adoro caril. As reminiscências africanas/moçambicanas a viver em mim. Acordei com uma sensação boa. A decisão que tomei veio mesmo dar uma volta na minha cabeça. Sei que me vou sair bem e que vai ser uma decisão de momentos de sucesso.
É fim de semana. Grande. Estou em casa. Feliz, porque a minha vida vai mudar porque Eu quero!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O Estudo do Meio, a Matemática, o Estudo e a Falta de Tempo para o resto...
Saíu da escola cabisbaixo, ao contrário do que acontece diariamente. Calado.
Aos poucos, a saca-rolhas, lá percebi que o desempenho a responder a perguntas de Estudo do Meio não tinha sido nada positivo. A juntar a este confissão a saca-rolhas juntam-se as vozes das meninas a dizer que ele não tinha direito a ganhar o esqueleto, porque não respondeu a nada... (as meninas são tramadas e o ensino está feito para elas, vantagem das vantagens!). A telha era tal que nem lhe apeteceu ir brincar ou andar de skate como faz todos os dias antes de virmos para casa.
Com tão mau humor, foi fácil metê-lo no carro e vir para casa. E aí é que foi. Longe dos olhares críticos e trocistas das meninas, as lágrimas vieram em queda livre pela cara abaixo e as palavras em tropeções pela boca fora. Na véspera a prioridade era estudar matemática e não estudo do meio, mesmo assim tinha-se enganado na resolução de, pelo menos, um problema. A Professora não podia querer que eles estudassem tudo para o mesmo dia. Ele assim não ia conseguir ter boa nota. Enfim, uma tragédia daquelas.
Fiz a minha parte de educadora.
Que o estudo se tinha de ir fazendo diariamente e não de empreitada na véspera dos testes. Mais lágrimas e reclamações. A minha voz calma e baixa para ele não desesperar ainda mais.
Cá dentro a vontade imensa de lhe dizer que tem razão. Que só tem nove anos. Que está na primária e que é na escola que passa a maior parte do dia (precisamente oito horas e meia). Que devia poder vir para casa e fazer o que lhe desse na telha - brincar, ver desenhos animados, pintar, ler -, mas não pode, porque tem TPC e estudo, porque tem de jantar a horas e a horas ir para a cama para dormir o número de horas necessário a um bom desenvolvimento. Mais uma vez me defronto com a exigência de um tempo em que queremos que tudo seja perfeito - os filhos, a alimentação, o estilo de vida, o sono -, mas em que o relógio nos escraviza e nos retira momentos de prazer e de lazer em prol de momentos de perfeição.
Às vezes apetecia-me "baldar" para as regras. Por eles. Por mim. Por nós.
Mas não consigo! A minha consciência é demasiadamente rígida e castigadora...
Sexta Feira [escura]
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Daqui |
Está sentado à secretária. Uma secretária irrepreensivelmente arrumada, mas carregada de diversos montes de papéis identificados. Hoje não lhe apetece mergulhar em tanto papel. Na cabeça acumulam-se preocupações, assuntos por resolver, questões pendentes. Na cabeça não precisa de colar post-its para as identificar. Apetecia-lhe ter um corrector suficientemente potente que apagasse tudo o que na sua cabeça lhe interrompe o prazer de uma vida feliz. É sexta feira. Pelo menos isso já o alegra um pouco. Isso e o facto de se aproximar uma pausa de três dias. Mentalmente planeia-os. Não lhe apetece sair e o tempo está do seu lado. Sentado de costas para uma janela, gira a cadeira e olha para a rua. O céu está cinzento e carregado, escuro como se o dia estivesse a terminar e não apenas a começar. O trânsito de entrada na cidade já está infernal. Ninguém sabe conduzir com chuva ou há carros a mais quando a chuva se lembra de aparecer? Ainda não conseguiu decifrar este mistério dos engarrafamentos associados à água que cai do céu. Em casa também tem pilhas de papéis que urgem arrumação. Os papéis. Malditos. Parecem crescer como cogumelos. E o tempo que não ajuda. O tempo que lhe escorre entre os dedos, que lhe deixa mais curtos os dias, que o impede de disfrutar do que lhe é agradável. Cada vez escurece mais. Vira de novo as costas ao caos da cidade, à chuva desalmada, aos relâmpagos e trovões. Precisa de trabalhar. Nada do que tem pendente se resolverá sozinho e enquanto a cabeça estiver ocupada com o trabalho, adormecerá as preocupações que não páram de surgir. Deita mãos ao trabalho. Lê, assina, "despacha" papéis, os montes vão diminuindo, os post-its vão deixando de fazer sentido. A escuridão, aos poucos, vai-se atenuando. O barulho da chuva parece ter diminuído e os trovões há muito que não se fazem ouvir. É sexta feira, véspera de fim de semana de três dias. Depressa estará de regresso a casa. Onde o sofá e o comando da televisão o esperam ansiosamente.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Reflexo [bom]
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Daqui |
A mulher chegou.
O parque de escritórios, moderno, com espaços verdes e água em lagos e fontes, agrada-lhe. Há qualquer coisa que naquele lugar transmite uma boa energia que lhe apetece captar.
Lembra-se que o estacionamento é pago e não sabe, para já, quanto tempo demorará nos escritórios. Contorna a rotunda. Sobe uma rua e pensa ter entrado num outro mundo. À parte daquele onde o verde, a água a correr e os edifícios altos e cheios de vidros reflectores da luz do sol e do brilho da água constituem um ambiente de filme. Nesta rua íngreme não há verde nem água a correr. Há prédios cinzentos, desbotados e esboroados, com vidros partidos e entradas danificadas. Não consegue perceber porque é que os bairros sociais são sempre tão feios, tão tristes, tão propensos à disseminação dessa tristeza. Estaciona o carro, pega na pasta, na agenda, no caderninho moleskine e lança-se a pé, a caminho do seu destino dessa manhã.
A porta é giratória. Põe o pé lá dentro e é levada, sem ter de empurrar, a um átrio espaçoso. O mármore preto do chão é um espelho onde os tacões das botas, também pretas, ecoam.
Não está nervosa. Está decidida e confiante numa decisão que adiava de dia para dia.
Quando a manhã chega ao fim e faz o caminho de regresso ao carro que a espera, não resiste em olhar a sua imagem reflectida nos vidros espelhados do edifício que agora abandona e onde, no futuro, voltará muitas vezes.
Acha-se bem. Apoia mentalmente a escolha de roupa e acessórios que fez para este dia importante. Sorri para si mesma no espelho.
Antes de Ir Dormir...
...ainda vou ler umas páginas. Tentei aqui no sofá, mas acabei por adormecer. Fui dormmindo e acordando enquanto espreitava um filme na televisão. Os grandes foram deitar-se cedo. Estavam cansados e amanhã a alvorada é cedo. Acabei por retemperar energias e agora estou mais desperta. Fui para a cozinha. Despejei uma máquina de loiça e pus outra a lavar. Já preparei o pão para o pequeno almoço de amanhã e pus pacotes de leite no frigorífico para que não falte o leite fresco. A minha falta de ar anda-me a dar trabalho. De manhã tenho dificuldade em acordar e ter vontade de saltar para fora da cama. Um spa seria um belo presentinho, tipo surpresa a propósito de nada. Vou.
Escolhas
Estou a sentir o meu blogue abandonado.
Não tenho tido tempo de qualidade para lhe dedicar. Uns posts feitos à pressa para que as datas não fiquem em branco, para que quem me procura não dê com o nariz em coisas já escritas há dias.
Durante o Verão tomei uma decisão. Fiz uma tentativa que não resultou, fui direccionando os esforços noutros sentidos, até que acabei por escolher uma opção para a qual, há uns tempos ,não me senti preparada.
Inicio amanhã (hoje, no sentido da data) uma nova etapa. Confiante e determinada a dar o melhor de mim, como aliás faço em tudo aquilo em que decido envolver-me. O tempo para o blogue, até agora fugidio, vai tornar-se mais escasso, mas vai ter de acontecer. O blogue faz parte da minha vida, é uma parte importante de mim, uma ligação ao mundo, um ponto de encontro com quem escolho encontrar-me.
Preciso que existam muitos dedos a torcer por mim e muitos outros a continuarem a digitar o meu endereço e/ou a clicarem no meu link.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Dúvidas Sobre amizades Perdidas
O que damos de nós, [atenção, carinho, amizade, partilha de sentimentos], a pessoas que entendemos como amigas num determinado momento das nossas vidas, fica irremediavelmente perdido quando essas pessoas decidem que já chega de ser amigo?
Há uma parte de nós que vai ficar para sempre incompleta, uma parte do nosso registo de Eu que se transfere para quem considerámos digno de receber a nossa partilha?
Essa parte do Eu transformou-se numa parte do Eu da outra pessoa?
São só umas dúvidas que se vieram instalar agora...
Educar em Rede
Foi a ouvir falar sobre este Projecto que passei toda a manhã, num dos locais municipais mais bonitos do Concelho - o Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal.
Este projecto, nascido a pensar em todas as dúvidas e preocupações que os Pais enfrentam, foi crescendo e já ganhou novas vertentes e o seu lugar, por mérito próprio, na rede da educação concelhia.
O que se pretende é juntar os Pais e oferecer-lhes um espaço e um tempo de partilha. As crianças/adolescentes partilham comportamentos, atitudes, gostos que os Pais nem sempre conseguem compreender e até aceitar. Estas sessões em que todos conversam sobre situações que até ali eram um problema para cada um revelam-se momentos em que, de repente, cada um dos Pais/Educadores não está só, a braços com todas as características que identificam um ou mais Filhos adolescentes. De repente os Pais conseguem transformar o que até ali lhes parecia um "bicho de sete cabeças" numa situação que os une a todos os seus pares.
O trabalho feito até se chegar ao Coisas de Todos Nós foi longo e continua a ser um caminho que todos queremos percorrer e melhorar, porque todos os que estamos envolvidos acreditamos que Educar em Rede é a opção mais correcta.
O trabalho feito até se chegar ao Coisas de Todos Nós foi longo e continua a ser um caminho que todos queremos percorrer e melhorar, porque todos os que estamos envolvidos acreditamos que Educar em Rede é a opção mais correcta.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Notícias da Rede (novo operador...vamos ver o que dá!)
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Daqui |
Já está.
A rede já voltou a estar disponível por toda a casa.
Amanhã a minha manhã vai começar cedo e fora de casa.
O post matinal provavelmente só aparecerá à hora de almoço e espero que o local para onde vou me inspire palavras bonitas.
As folhas de Outono ficam de presente para todos os que aqui vêm, mesmo quando pouco ou nada escrevo, porque são bonitas, ainda que a preto e branco e porque eu gosto da nostalgia do Outono mesmo sabendo que ainda são muitos e longos os meses que me separam de um novo Verão.
Tudo Tem Uma Explicação...Até a Falta de Inspiração
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Daqui |
A minha primeira escrita matinal surge sempre à mesa do pequeno almoço. Depois de ter distribuído o(s) que ainda vai(ão) de carro, volto para casa, sento-me à mesa, leio os mails, leio os blogues de que mais gosto e dou início ao meu exercício criativo. [Isto porque é assim que eu entendo um blogue, algo que se actualiza diariamente para que quem nos procura não bata sempre com os olhos nas mesmas palavras!].
No final da passada semana houve por aqui um problema eléctrico que de tanto se repetir acabou por avariar o router servidor de wireless. O fim de semana foi demasiadamente social e não houve tempo para reparar avarias, se bem que se trate de uma avaria que me condiciona imenso a vida em termos de cozinha...aguardamos por melhores (leia-se maiores) dias.
O facto de a ligação wireless não funcionar, condiciona a minha capacidade de escrever. O cabo da internet fixa está num ponto da casa onde inicialmente existia uma secretária que eu, numa das minhas fúrias "arrumacionais", fiz desaparecer e substituí por um móvel antigo que estava a perder protagonismo enfiado no hall de entrada e sempre carregado de toda a tralha que todos lhe largavam em cima. O dito móvel está por baixo de uma janela. Se eu ficar em pé a escrever, sinto-me como se estivesse numa montra. Virada para o jardim do meu vizinho do lado, para onde estão também viradas as janelas dele. Resultado, agora não tenho onde escrever (neste momento estou sentada com o computador no colo) e não posso levar o portátil para qualquer ponto da casa e despejar o que me vem à cabeça no momento...
Aguardo pacientemente a solução para este problema. Diz-se que a partir do final do dia de hoje tudo irá mudar em termos de telecomunicações cá em casa. Espero sinceramente que mude para melhor. Até lá, irei postando pouco.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Luz [à espera da...]
domingo, 24 de outubro de 2010
Passo a Passo...
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