Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quiosques da Cidade

A Máquina do Martim
nas mãos da Catarina

Não sei o que beba...uma ginginha ou um capilé? Também temos Mazagran, feito com café de verdade e aromatizado com fatias de limão. Tudo natural.

A ginginha é "aquela" coisa...ainda mais servida em copo de chocolate, é como se estivesse a comer um bombom Regina de Ginja, dos que vinham embrulhados em prata azul forte com cerejas desenhadas a vermelho...ou deveria dizer encarnado? A minha Avó adorava esses bombons!

Capilé e Mazagran fazem-me lembrar também a casa da minha Avó. O Capilé era o refresco oficial de Verão lá em casa, no tempo em que não havia Ice Tea nem Coca Cola. De vez em quando lá se comprava uma gasosa, mas o Capilé era o campeão das bebidas de Verão. Agora o capilé já não sabe ao mesmo. Parece demasiado doce...

Mazagran...o sabor do café, cheio de gelo, com pouco açúcar e muito limão. A minha Avó adorava café. Fazia-o à antiga, em cafeteira grande de alumínio e depois passava-o num filtro de pano. Juntava-lhe o gelo e o limão, um bocadinho de açúcar amarelo e frigorífico com ele!

Olhe, pensando bem, vou beber um copo de cada coisa. Começo pelo Capilé, passo na Ginginha e sigo no Mazagran!

Reflexo(e)s de Verão

Eu e a minha Máquina
Mar da Praia dos Salgados, Agosto 2007

Hoje saí de casa de manhã bem cedo. Sete e pouco. Fui comprar pão. Ontem adormeci no sofá e quando acordei estava demasiado inconsciente para ir preparar pão para hoje de manhã. A maré deve estar vazia, porque do lado do mar subia um cheiro forte e agradável a maresia, a conchas e a algas. Respirei bem fundo e demorei os passos. É tão raro conseguir andar em passo lento e curto, em silêncio, ouvindo os meus pensamentos e nada mais. Ainda não havia muito trânsito, barulho de rua, fumo de carros. Ar fresco e perfumado, apenas...


...já depois de ter deixado o Manel na Escola para se iniciar na arte de bem fazer exames, vim a aproveitar o vento fresco que entrava pelas janelas abertas do carro. Apesar do Sol já queimar na pele, o ventinho ainda sabe bem, ainda refresca! Vim a observar as pessoas que por mim passavam a pé. Apressadas, a caminho do comboio. Apressadas, mas todas bronzeadas, roupas frescas, pernas e braços ao léu, pés descobertos em sapatos abertos. Pensei na sorte que tenho em viver onde vivo. Na sorte que têm todos os que por aqui circulam. Perto do Mar!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pensamentos Fáceis de Escrever Enquanto se Engoma!

O meu Primo/Leitor Daqui te Vejo comentou uma vez um post meu dizendo que eu sou uma "babada". Ontem uma Amiga disse que eu passo a vida ao pôr os meus filhos "nos píncaros". Hoje dei por mim a comentar com a manicure que não saberia viver sem Filhos. Caramba...será que sou mesmo o exemplo acabado da Mãe Galinha? Mas se eu tenho razões de sobra para ser "babada" e para os pôr nos píncaros, porque não o hei-de fazer? Isto tudo a "talho de foice" do "chumbo" de uma das filhas dessa minha Amiga...

que horror! tanta aspa em tão pouca linha escrita!

Desde que assumi a condição de "Stay Home Mother" como categoria profissional, a vida dos meus filhos é uma parte activa na minha vida. A opção de deixar o trabalho fora de casa para abarcar as múltiplas tarefas de Dona-de-Casa à moda antiga, foi tomada conscientemente e tendo como base o princípio de que as crianças ganhariam qualidade de vida tendo a Mãe em casa. Considero, sem falsas modéstias, que tenho feito um bom trabalho. Não os apaparico nem os encho de tiques próprios de "meninos-da-mamã", mas reconheço que sou exigente relativamente a normas de educação, de saber estar, de resultados escolares. Nenhum deles é Santo, nem eu gostaria que o fossem, mas qualquer um deles sabe que não pode pôr o pé em ramo verde no que diz respeito a Escola e a notas, mesmo sabendo que o prejuízo é só deles e não meu. Tenho tido bons resultados...ainda a "procissão vai no Adro"...e a fórmula =responsabilização+confiança+controle parental vai continuar válida pelos próximos anos!

Já falta pouco...

Amanhã é o último dia de aulas para o 1º e 2º ciclos cá de casa. O 3º ciclo já está em férias de exame, a estudar. O secundário já está em férias de exame, a estudar. Faço o exercício de mentalização pela positiva. Está um tempo maravilhoso, quentinho, abafado e ensolarado como eu gosto (mas não vou à praia, há que dar apoio moral aos estudantes e não lhes fazer inveja!). Na próxima terça feira já podemos preguiçar por casa, sem despertadores a tocar, sem ter que ir fazer transportes casa-escola-casa. Vou poder finalmente fazer a revisão aos roupeiros dos rapazes mais novos e desfazer-me da roupa que já não lhes serve (ando a pensá-la e a verbalizá-la há meses...mas não consigo pô-la em prática!). Vou ter menos roupa para lavar e engomar, porque T-Shirt e fato de banho passará a ser a indumentária oficial de Verão.

...mas até alcançar este estado de paraíso na terra, o que falta ainda acontecer?
Os preparativos e a Festa na escola do Mateus, a organização de uma Festa de Finalistas na escola do Manel, os exames dos grandes, o stress antes da publicação das pautas de exame, as matrículas, a dúvida se a opção que o Manel vai escolher no 10º ano vai ser a melhor para ele, a candidatura da Catarina à Faculdade e o stress antes de saber se entra e onde...

A sério Vera, já falta pouco! Quando todos estes stresses estiverem passados, estamos a tratar de encomendar os livros do próximo ano e a comprar material escolar!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

E Depois do Adeus?

Fotografia trazida daqui

Fica a recordação de toda a música, para sempre.
No dia do aniversário de Igor Stravinsky.

Hereditariedade

Flor da Feijoa

Hoje escrevo da cozinha. Computador na bancada, entre nós a tábua de engomar e o ferro a vapor.Talvez por causa desta facilidade de comunicação com o Mundo, hoje tenho pensado todo o dia no meu Avô Materno.

Com este meu Avô aprendi a ler o jornal, o Diário de Notícias em formato XXL, no chão do quartinho que existia ao lado da cozinha. Para além de gostar de ler, o avô Alberto era um homem que adorava máquinas. Qualquer uma que precisasse de arranjo era desmanchada e posta a trabalhar com a maior das facilidades. Era um homem que adorava fotografia e cinema. Tinha boas máquinas, sabia revelar fotografia, comprava a Photo (estou a falar dum tempo que dista 30 anos dos dias de hoje!). Era um homem que adorava viajar e trazer rolos e mais rolos de fotografias por revelar, para nos mostrar por onde tinha andado, o que tinha visitado e conhecido por outras paragens.

Para além do meu gosto pelas letras, a fotografia é uma paixão cada vez maior. A máquina acompanha-me quase diariamente e não consigo resistir a fotografar isto e aquilo. Gosto da imagem como elemento de comunicação, porque muitas vezes não são precisas palavras, legendas que as ilustrem. Gosto de sentir esta minha paixão como sendo uma característica genética que vou alimentando para que o meu Avô esteja sempre por perto, com a sua bela máquina Canon manual a orientar a minha simples Fuji, digital e automática, de forma a que no meu computador (que ele nunca chegou a saber o que é) se vão acumulando imagens que não precisam de palavras para me recordar onde as captei e porquê!

Notícias de Exames


Eu e a minha Máquina,
Monte Real 2007 e Alentejo 2008

O primeiro passo já foi dado. Pelo que a Catarina me disse, pelo que os outros colegas/amigos dela comentaram e pelo que vi, o exame era bastante acessível. Avança amanhã para Desenho, sexta feira para o temido História da Cultura e das Artes e na segunda feira melhoria de Geometria Descritiva.

O Manel vai iniciar-se na arte dos exames na sexta feira com Língua Portuguesa.

Ou seja, cá em casa, para além do calor, há fumo que sai das cabeças com tanto estudo. Assim que terminarem, mudamo-nos para a nossa praia!

Calor Tropical

Chuva dançada
trazida Daqui
Esta semana começou com calor e com chuva também. No primeiro dia da semana, quando pus os pés fora de casa e senti a chuva misturada com o calor pensei que sim, de certeza que poderia viver num país tropical. Há pequenas coisas que me dão a certeza de que pertenço a outro lado do Mundo. Estou aqui de passagem...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Porque se diz presente e não prenda

Ainda bem que há quem saiba destas coisas da etiqueta e do bem falar.
Nunca digo prenda e corrijo, sistematicamente, quem utiliza esta palavra para se referir a algo que se oferece.

Um vaso construído com

vários pés de cacto que me foram dados como Presente!

O tema veio à baila durante as mini-férias em casa da Belita e eu disse que ia ter que procurar a razão pela qual se diz presente e não prenda para poder fundamentar as minhas correcções. A Belita explicou-me, então, que se diz oferecer um presente no sentido de que quando se oferece algo a alguém se faz com o propósito de, nessa oferta, estar presente na vida da pessoa.
Faz sentido. Para mim. Fiquei contente por saber esta explicação!

Presente # [1]


Eu e a minha Máquina,
o marcador que nos ensina a dizer
algumas palavras em checo!

A Filipa aproveitou os feriados que juntos deram umas miniférias, pegou nas miúdas e voou para Praga. Visitar Amigos e fazer uns passeios culturais pela cidade eram os objectivos que o mau tempo impediu de cumprir na íntegra.

Eu, que sou uma pedinchona por natureza, pedi que me trouxessem um marcador de livros que identificasse a cidade e o país...a Filipa que é uma querida apareceu cá em casa ontem à hora de jantar com o meu presente vindo directamente de Praga.

Adorei-o. Já está em exposição perto dos livros "A ler".

Gaivota

Se uma gaivota viesse

Trazer-me o céu de lisboa

No desenho que fizesse,

Nesse céu onde o olhar

É uma asa que não voa,

Esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração

No meu peito bateria,

Meu amor na tua mão,

Nessa mão onde cabia

Perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,

Dos sete mares andarilho,

Fosse quem sabe o primeiro

A contar-me o que inventasse,

Se um olhar de novo brilho

No meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração

No meu peito bateria,

Meu amor na tua mão,

Nessa mão onde cabia

Perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida

As aves todas do céu,

Me dessem na despedida

O teu olhar derradeiro,

Esse olhar que era só teu,

Amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração

Morreria no meu peito,

Meu amor na tua mão,

Nessa mão onde perfeito

Bateu o meu coração.

Alexandre O'Neill escreveu, Alain Oulman musicou, Amália cantou, Sónia Tavares e Nuno Gonçalves recordam no projecto Amália Hoje. Em dia de exame de Português do secundário, é bom (re)lembrar que Alexandre O'Neill merece ser (re)lido com atenção.

Hoje é dia de Exames!!!!

Deixei-a às 08:30. Foi calada, a conversar com as borboletas esvoaçantes dentro da barriga. À porta do Liceu estavam já muitos finalistas. Apontamentos na mão, cigarros na mão, conversas, caras apreensivas, alguns sorrisos.

São 09:00. A esta hora, por todo o país, são muitos os estudantes que se estão a sentar com um enunciado e uma folha de exame à frente. A todos, a maior sorte do Mundo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A um pequeno grande passo...

Eu e a minha Máquina,

no dia de S.Pedro há dois anos


A um pequeno grande passo feito de outros passos mais pequenos. A distância que separa a Catarina da entrada na Faculdade. A distância que durante a próxima semana terá que percorrer para dar o seu melhor, para mostrar num tempo limitado o que aprendeu durante os últimos três anos que a mim me pareceram semanas. A minha única Menina, a primeira, está, a pouco mais de um mês de se tornar maior de idade, agarrada a apontamentos, fichas de trabalho e provas de exame doutros anos. Debaixo da sua característica aparência calma está um cérebro que não pára, que só pergunta "e se eu não entro?". Começa amanhã. Exame de Português. E eu estou certa, confiante, que ela vai ter bons resultados e que vai conseguir entrar na primeira opção que escolher e que vai ser MUITO FELIZ, porque ela merece! Mesmo!

Já de volta a Casa # [1] ... mantendo o espírito campestre


"- Mãe, demoras a chegar a casa?

- Não, já peguei o Martim e estou de volta, porquê?

- Mãe, entrou um pássaro pela janela da cozinha e eu estou com medo dele..."

Quando cheguei, a porta da cozinha estava fechada. A Catarina do lado de fora. O pássaro lá dentro, empoleirado em cima do relógio de cozinha, impávido e sereno, parecia uma estátua. O Martim, eterno defensor e amante de animais, entrou na cozinha. Fez mil barulhinhos, tentanto chamar-lhe a atenção para o lado da janela. O desgraçado do pássaro saíu do alto do relógio. Esvoaçou pela cozinha fora e acabou por se aninhar por trás do rádio, encostado a uma janelinha pequenina que existe naquele canto da cozinha. Do lado de fora, os cães não largam a janela grande da cozinha. De orelhas arrebitadas e focinho no ar. Eles sabem que está cá dentro qualquer coisa que dariam tudo por ter apanhado distraído... O pássaro mudou-se para cima do rádio. Gosta de ouvir música e pronto!

Arrumações

Há já uns dias, para não dizer semanas, que o meu blogue se anda a armar em esquisito e nem para mim quer abrir as portas. Há quem o consiga abrir sem problemas, há quem se queixe das mesmas dificuldades que eu. Houve alguém que me disse que a página poderia estar "demasiado pesada"...não sei se é isso que o atormenta, mas tendo em conta esta possível explicação, decidi eliminar alguns links da página principal.

Gostava de dizer aos "vizinhos" que já não têm o seu link na minha página que não é por isso que gosto menos deles ou que irei visitá-los com menos frequência. Continuarei a bater-lhes à porta e a deixar correio, apenas o farei através da porta das traseiras (a minha lista de Favoritos!).
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