Será que os gestos românticos são exclusivamente femininos? Ou será que os homens se podem dar a essas "mariquices" mas só enquanto andam naquele período de tentar conquistar a sua donzela? Nós, mulheres, gostamos de receber atenções inesperadas e sem data marcada. Lembramo-nos mais vezes de os mimar e de lhes dizer sem palavras que estamos aqui e gostamos deles. Porque é que eles não aprendem? Garanto que vou ensinar os meus três rapazes a serem românticos com as suas meninas, sempre.
Grafia
A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Romance, sempre!
Será que os gestos românticos são exclusivamente femininos? Ou será que os homens se podem dar a essas "mariquices" mas só enquanto andam naquele período de tentar conquistar a sua donzela? Nós, mulheres, gostamos de receber atenções inesperadas e sem data marcada. Lembramo-nos mais vezes de os mimar e de lhes dizer sem palavras que estamos aqui e gostamos deles. Porque é que eles não aprendem? Garanto que vou ensinar os meus três rapazes a serem românticos com as suas meninas, sempre.
Formigacídio
Estou-me a passar!
As atarefadas formiguinhas, minúsculas, descobriram uma passagem secreta para entrarem na minha cozinha. O caixote do lixo já teve que desaparecer porque, todas as manhãs, quando chegava à cozinha, havia um carreiro enorme que o cercava, subindo e descendo...
Fui à drogaria. Comprei pó para as matar. Vou tratar disso agora, neste momento. Já não as posso ver!
As atarefadas formiguinhas, minúsculas, descobriram uma passagem secreta para entrarem na minha cozinha. O caixote do lixo já teve que desaparecer porque, todas as manhãs, quando chegava à cozinha, havia um carreiro enorme que o cercava, subindo e descendo...
Fui à drogaria. Comprei pó para as matar. Vou tratar disso agora, neste momento. Já não as posso ver!
Sou tão fútil
Já cheira a Outubro. Nas ruas onde se espalham folhas castanhas no chão, apesar do calor que ainda nos abafa, no calendário pendurado na parede da cozinha. E eu, apesar do que não disse mas deixei adivinhar no último post de ontem, não consigo deixar de pensar que se aproxima o meu aniversário. E não deixo de pensar na festa que quero fazer para receber os meus Amigos de sempre. E não deixo de pensar em todos os livros que quero receber de presente de aniversário [sim, porque não quero nunca mais nada.apenas papel encadernado.]. E não deixo de pensar em como sou feliz no dia dos meus anos e no dia em que faço a festa. Apesar da crise que nos mata os dias. Apesar do contar de tostões em que andamos sempre. Apesar de todas as dificuldades que todos os dias, cada dia, conseguimos ultrapassar. E sei que todos os meus Amigos vão vir. E estar. E ir estando. Porque eu gosto que eles venham. E estejam. E vão estando...Outubro, está a chegar!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Trevos de quatro folhas e acessórios afins
Estamos a precisar de
uma onda de energia positiva.
Não acredito em azares ou sortes,
mas já dava jeito que acontecesse
alguma coisa mesmo muito boa
para mudar o rumo dos nossos
dias.
Se alguém perceber de
mezinhas e rezas
para dar sorte...
Eu não acredito em bruxas,
mas...
uma onda de energia positiva.
Não acredito em azares ou sortes,
mas já dava jeito que acontecesse
alguma coisa mesmo muito boa
para mudar o rumo dos nossos
dias.
Se alguém perceber de
mezinhas e rezas
para dar sorte...
Eu não acredito em bruxas,
mas...
O excesso, o estrago...
Esta manhã, depois de ter deixado todos os Estudantes entregues, dei uma corridinha ao supermercado para comprar meia dúzia de coisas que me faltaram na lista de compras semanais. Estava a subir os degraus de acesso à passagem para o supermercado quando reparei numa senhora, idosa, com muitas dificuldades de locomoção, a carregar um enorme saco de pão. Falava sozinha "parece impossível...tanta gente com fome...deitam este pão todo fora...parece impossível...". Ofereci-me para lhe levar o saco. Ouvi os seus comentários escandalizados relativamente ao que era posto no lixo pelo supermercado.
Quando saí do supermercado, em direcção ao carro, estavam mais duas pessoas junto do caixote do lixo, a tirar embalagens completas de iogurtes e a comentarem "mas porque é que será que não dão o que já não podem ter nas prateleiras?".
Pergunto o mesmo. Vivemos num local onde, apesar da fama de se viver bem, existe, infelizmente, muita gente que precisa de auxílio. Na nossa comunidade existem instituições que apoiam as famílias carenciadas. Porque é que este supermercado não estabelece contacto com estas instituições para que recolham os bens alimentares cujo prazo se está a extinguir, em vez de cometer o crime de pôr tanta comida no lixo?
Quando saí do supermercado, em direcção ao carro, estavam mais duas pessoas junto do caixote do lixo, a tirar embalagens completas de iogurtes e a comentarem "mas porque é que será que não dão o que já não podem ter nas prateleiras?".
Pergunto o mesmo. Vivemos num local onde, apesar da fama de se viver bem, existe, infelizmente, muita gente que precisa de auxílio. Na nossa comunidade existem instituições que apoiam as famílias carenciadas. Porque é que este supermercado não estabelece contacto com estas instituições para que recolham os bens alimentares cujo prazo se está a extinguir, em vez de cometer o crime de pôr tanta comida no lixo?
Do meu Eu do outro lado do espelho
São 45 os anos que comemora hoje esta personagem eterna da Banda Desenhada. Durante anos li estes quadradinhos com a sensação estranha de que muitas das coisas que esta morena de cabelo difícil dizia, podia ter sido eu a dizer...(aos poucos tenho vindo a perder a capacidade de refilar...isso aborrece-me!)
O lado mais secreto do voto...
- Mãe, diz lá em quem votaste...
- Já te disse que o voto é secreto.
- Pois, mas todos da minha sala sabem em quem é que as Mães votaram e eu não...
- Pois, mas o voto é secreto e se eu te disser em quem votei, vai deixar de o ser rapidamente.
- Sim, mas eu não digo a ninguém...só à Sandra (a Professora). Todos os meninos disseram à Sandra em quem é que as Mães tinham votado.
- Já te disse que o voto é secreto.
- Pois, mas todos da minha sala sabem em quem é que as Mães votaram e eu não...
- Pois, mas o voto é secreto e se eu te disser em quem votei, vai deixar de o ser rapidamente.
- Sim, mas eu não digo a ninguém...só à Sandra (a Professora). Todos os meninos disseram à Sandra em quem é que as Mães tinham votado.
PS - Claro que isto era invenção dele para ver se eu cedia...
...claro que a Professora não ia querer saber em quem tinham votado os Pais e as Mães dos meninos...
...claro que a Professora não ia querer saber em quem tinham votado os Pais e as Mães dos meninos...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Peso na Consciência
Tinha eu acabado de instalar a confusão no quarto dos mais pequenos quando recebo um SMS. Convite para beber café (que ela sabe que não bebo!), pretexto para nos encontrarmos e pormos a escrita [falada] em dia. Ligo-lhe. Pergunto-lhe se está doente, porque ficou em casa? Ah, ok, nada de grave. Digo-lhe que estou no meio de arrumações, daquelas que eu gosto, das que viram tudo à minha volta de pernas para o ar, mas que quando terminam dão origem a uma nova divisão da casa. Conversamos. Acho que até quando nos calamos, conversamos em silêncio, porque entre nós há sempre qualquer coisa que precisa de ser dita, até mesmo o nosso silêncio. Ela foi ao lançamento do 2666, na Ler Devagar na Lx Factory. Eu não fui, mas tive pena. O peso na consciência instalou-se. Tinha acabado de "dar uma tampa" a uma pessoa com quem gosto tanto de estar e que por ter uma vida super-cheia quase nunca tem tempo compatível com o meu...espero que o coração dela não esteja apertado, que não pense que a "despachei em grande estilo"...
Pensamento Estúpido # [17]
Pensei que queria ir ouvir as reacções às eleições de ontem. Liguei a televisão da cozinha. Fui até ao quarto dos pequenos e por lá fui ficando a mudar móveis de sítio, a transferir livros de uma estante para outra, a tentar "meter o Rossio na Rua da Betesga"! Os pássaros estão a adorar a companhia da televisão - cantam desesperadamente.
Digitalização minha,
de fotografia/postal de Família
de fotografia/postal de Família
I.
Acontece-me frequentemente. Ando por aí e a cabeça vai criando. Às vezes até penso, "que giro que isto ficava escrito"...mas depois esqueço-me do que pensei e quando aqui chego já não consigo escrever o que tinha pensado...
II.
Acontece-me frequentemente. Ando por aí e a cabeça vai criando. Às vezes até penso, "que giro que isto ficava escrito"...mas depois esqueço-me do que pensei e quando aqui chego já não consigo escrever o que tinha pensado...
II.
Quem escreve os livros que leio, inventa tudo o que escreve ou baseia-se em pessoas e acontecimentos reais? Tenho estado a pensar. Eu conheço tanta gente. Pessoas tão diferentes umas das outras. Vidas tão distintas. Umas cheias, outras vazias, umas em constante corropio, outras em desesperante inércia. Podia reflectir sobre cada uma delas e construir algo com as minhas palavras. Não sei porque não o faço...ou talvez saiba. Reflectir pausadamente sobre tanto implica tempo, algum sossego e isolamento, que não consigo ter para mim. É pena...
III.
Desejei tanto o meu Moleskine vermelho. Ainda não consegui inaugurá-lo...
III.
Desejei tanto o meu Moleskine vermelho. Ainda não consegui inaugurá-lo...
domingo, 27 de setembro de 2009
O Futuro
Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.
Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.
Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.
Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.
Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
Ary dos Santos,
O sangue das Palavras
O sangue das Palavras
sábado, 26 de setembro de 2009
Non Sense
Tenho sono. Moleza. Vontade de não fazer nada. Numa casa onde há sempre tanto para fazer. Sonho com os fins de semana mas, quando o sábado chega, não consigo que a ansiedade não me sufoque...
Vidas Cruzadas
Há 29 anos foi inaugurada uma Escola para servir os, na altura, 1º e 2º anos do Ciclo Preparatório - a Escola Preparatória da Galiza, em São João do Estoril. Nessa altura entraram professores, auxiliares e alunos. Os alunos foram crescendo e saindo. Os professores e auxiliares de acção educativa foram envelhecendo e ficando. Nos dois últimos anos lectivos as reformas foram-se sucedendo e todos nos fomos habituando à ideia de que mais "um da Velha Guarda" ia deixar de estar presente no dia a dia da Escola. Nestes grupos, da Velha Guarda, há sempre pessoas que deixam uma marca mais forte. É o caso da pessoa a quem ontem dedicámos um jantar de convívio, de despedida da vida activa, de votos de uma bela reforma. Auxiliar de Acção Educativa da Escola desde o primeiro dia, esta senhora de voz e corpo fortes é conhecida por todos, conhece todos e, neste momento, já era contínua da 3ª geração...
Apesar de ter tirado o Martim desta escola, esta semana, cá dentro continua a existir um amor especial pelo espaço, pelas pessoas, por tudo. Para mim, a Escola da Galiza representa nove anos lectivos de muita participação, de muitos alunos que conheci, de muitos professores e auxiliares com quem convivi. São muitas páginas escritas em dossiers de Associação de Pais, muitas actas passadas à mão, muitas reuniões. São muitas recordações boas dos meus Filhos mais velhos.
Ontem, durante o jantar (onde só esteve uma Mãe e duas ex-alunas) não pude deixar de ir observando as pessoas e pensando "o que é que eu sei sobre cada uma destas pessoas que conheço há tantos anos, para além do dia a dia na escola?". Porque a Vida acontece assim. Cruza-nos com imensas outras vidas e não nos dá espaço para conhecermos para além do que vemos. Cada uma destas pessoas tem também uma vida para lá da escola, uma família, um dia a dia...nem sempre histórias fáceis, nem sempre felizes, nem sempre histórias de pôr sorrisos nos lábios.
Foi bom estar à conversa informal com pessoas que conheço há tantos anos e das quais não conhecia absolutamente nada. Foi bom ter ido, porque apesar de ter tirado o Martim, a mim, aplica-se o lema
Apesar de ter tirado o Martim desta escola, esta semana, cá dentro continua a existir um amor especial pelo espaço, pelas pessoas, por tudo. Para mim, a Escola da Galiza representa nove anos lectivos de muita participação, de muitos alunos que conheci, de muitos professores e auxiliares com quem convivi. São muitas páginas escritas em dossiers de Associação de Pais, muitas actas passadas à mão, muitas reuniões. São muitas recordações boas dos meus Filhos mais velhos.
Ontem, durante o jantar (onde só esteve uma Mãe e duas ex-alunas) não pude deixar de ir observando as pessoas e pensando "o que é que eu sei sobre cada uma destas pessoas que conheço há tantos anos, para além do dia a dia na escola?". Porque a Vida acontece assim. Cruza-nos com imensas outras vidas e não nos dá espaço para conhecermos para além do que vemos. Cada uma destas pessoas tem também uma vida para lá da escola, uma família, um dia a dia...nem sempre histórias fáceis, nem sempre felizes, nem sempre histórias de pôr sorrisos nos lábios.
Foi bom estar à conversa informal com pessoas que conheço há tantos anos e das quais não conhecia absolutamente nada. Foi bom ter ido, porque apesar de ter tirado o Martim, a mim, aplica-se o lema
"Once Galiza, Always Galiza!"
Estou em período de reflexão
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Brevemente
Este Lago Não Existe. No meio do reboliço da minha mala, cá anda ele desde ontem à tarde. Há bocadinho, quando fui recolher o Martim, peguei nele e comecei a lê-lo. Ia lendo e ia deitando o olho para a fila de Meninos/as que se formava junto à máquina de passar o cartão para sair da escola. Às tantas percebi que este livro não é livro para se ler à porta de uma escola em stress. É livro para se mastigar. Percebi a mensagem. Fechei-o. Acariciei-o e devolvi-o ao reboliço da minha mala. Para paragens menos stressantes, para momentos de deleite profundo.
Loucura
é o mínimo que posso dizer sobre o meu dia de hoje;
de bater com a cabeça nas paredes, é o mínimo que posso dizer sobre o que o meu computador me faz...
de bater com a cabeça nas paredes, é o mínimo que posso dizer sobre o que o meu computador me faz...
PSP de Palmo e Meio
Esta manhã, o largo junto à Escola do Mateus, foi invadido por uma brigada de agentes da Polícia de Segurança Pública muito peculiar. Guiados por verdadeiros profissionais, os agentes de palmo e meio, fardados a rigor, iniciaram as suas funções às 08:15 e estiveram de serviço durante uma hora em que mandaram parar carros, verificaram cadeirinhas, cintos de segurança e documentos. Diga-se em abono da verdade que se os Agentes a sério não estivessem apenas a orientar uma acção de formação os talões de multas teriam andado num virote e as carteiras dos Pais&Mães automobilistas teriam ficado bem mais aliviadas!
Os miúdos adoraram a experiência e aprenderam muito sobre regras de transporte de crianças em segurança. Os Pais&Mães "vítimas" destes Agentes tiveram reacções variadas, mas na sua maioria colaboraram e prontificaram-se a pagar as multas que lhes foram passadas tendo como unidade "o rebuçado".
Eu, como sempre, fotografei sem parar! Para a posteridade...
Os miúdos adoraram a experiência e aprenderam muito sobre regras de transporte de crianças em segurança. Os Pais&Mães "vítimas" destes Agentes tiveram reacções variadas, mas na sua maioria colaboraram e prontificaram-se a pagar as multas que lhes foram passadas tendo como unidade "o rebuçado".
Eu, como sempre, fotografei sem parar! Para a posteridade...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Tenho coisas para contar
mas agora não posso escrever. Estou atrasada na rotina TPC/banhos/jantares e muito stress...
Tesouros
Dedico a minha manhã à passagem por casas
que me são caras,
para ver caras
e ouvir vozes que me são queridas.
Mantenho afectos vivos
porque me alimento deles
na solidão dos meus dias.
que me são caras,
para ver caras
e ouvir vozes que me são queridas.
Mantenho afectos vivos
porque me alimento deles
na solidão dos meus dias.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Dúvidas Energéticas
Levantei-me às seis da matina, o que quer dizer que já estou em funcionamento há quase doze horas consecutivas...começo a sentir necessidade de me pôr em stand-by...mas em stand-by também se gasta energia...o melhor é diminuir um pouco a potência e a velocidade e continuar em funcionamento até...bem, hoje a previsão de final de dia não se adivinha muito simpática...lá para a meia-noite...
Ponto Zero
Estou no início. À minha frente desenrola-se um trilho que devo percorrer sem hesitações apesar de não saber o que vou encontrar quando o rolo estiver desfeito. Pergunto-me se este será um rolo finito ou, se pelo contrário, se começou agora a desenrolar e não mais parará. Esta nova fase é inédita para mim. Pela primeira vez, em muito tempo, começo a pensar em mim mais demoradamente. Sinto-me como se finalmente tivesse cumprido uma missão que me pesava nos ombros e que não sabia se conseguiria concretizar. Na verdade, fica para trás, arrumada, uma fase da vida. Estou noutra. Aproximo-me da quarta capícua, cumpro o que a numerologia adiantava para mim este ano - a mudança, o início do ponto zero. Não me assusta saber que começo tudo de novo. A sensação é estranha, mas ao mesmo tempo de alívio.
No início de mim continua a existir o espaço eterno. Dos meus Livros. Dos meus Amigos.
No início de mim continua a existir o espaço eterno. Dos meus Livros. Dos meus Amigos.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Adeus Verão, Olá Outono!
Linhas de Eléctrico vindas daqui
Entrámos numa nova estação. O Outono. Não sendo a minha estação preferida é a minha estação de nascimento e isso acaba por me tocar um pouquito...Toca-me nas cores, (os vermelhos dourados e castanhos quentes das folhas caídas no chão e das sobreviventes nos ramos das árvores), toca-me nos frutos da estação (as uvas e as castanhas), toca-me nas festividades (o S. Martinho, a Feira da Golegã, o "Pão por Deus"), toca-me na quantidade louca de aniversários de Familiares e Amigos.
Mudam-se os tempos, mudam-se as características climáticas do Mundo e, assim, o Outono promete continuar com dias de sol e temperaturas próprias de Verão, apesar da diminuição das horas de luz diárias. Sorte a minha que poderei continuar de pernas e pés ao léu!!!
Dia da Mobilidade
Bolo de Chocolate
Vai entrar agora no forno. É um must cá em casa e é costume haver sempre um tabuleiro com ele na bancada da cozinha durante os meses de Outono/Inverno.
Hoje à noite o Outono bater-nos-à à porta e convém que o acolhamos com a dignidade que ele merece. Hoje ao serão haverá bolo de chocolate!
Hoje à noite o Outono bater-nos-à à porta e convém que o acolhamos com a dignidade que ele merece. Hoje ao serão haverá bolo de chocolate!
Esmiuçar quem esmiúça e é esmiuçado
Desde que os gatos entraram na campanha eleitoral, passaram a ser eles as estrelas da campanha. Esta manhã, no Opinião Pública da SIC Notícias, pergunta-se aos telespectadores se consideram que um programa deste tipo pode alterar a forma como os eleitores veêm os candidatos e se poderão ou não os sentidos de voto ser influenciados por esta faceta oculta dos líderes. Já tinha pensado nisto...quando olho para a minha Filha, eleitora pela primeira vez, enquanto assiste a estas entrevistas. Para quem nada percebe de política, para quem não se interessa por política apesar de política ser tudo o que envolve a vida pública, estas entrevistas são uma caracterização ligeira de cada um. Ensaiadas ou não, acabam por ter lá qualquer coisa que é inata ao entrevistado e acabam por influenciar o pensamento.
Tenho tentado ver todos, mas acabei por falhar o Franscisco Louçã, no entanto, a opinião que tinha sobre todos os outros manteve-se.
Estivesse eu indecisa sobre o meu sentido de voto e teria ficado completamente decidida a NÃO votar PSD. Por melhor que seja o programa, por melhor que sejam as intenções governativas do principal partido da oposição, não é de certeza com um líder daquele tipo que o PSD conseguirá fazer frente ao seu concorrente histórico.
Confirmei que a educação e o berço são as principais caracteristicas de Paulo Portas, mesmo quando se considera a si próprio um taxista e não esconde o seu gosto pelo "capitalismo popular", vulgo feiras.
Confirmei que instrução não é educação ao ouvir e ver Jerónimo de Sousa, pessoa que admiro sempre pela sua postura, pela sua educação quando no trato com outros.
O meu voto está decidido em consciência comigo e nos princípios em que acredito e tento seguir nos meus dias, mas, na minha opinião, este esmiuçamento vai dar frutos!
Tenho tentado ver todos, mas acabei por falhar o Franscisco Louçã, no entanto, a opinião que tinha sobre todos os outros manteve-se.
Estivesse eu indecisa sobre o meu sentido de voto e teria ficado completamente decidida a NÃO votar PSD. Por melhor que seja o programa, por melhor que sejam as intenções governativas do principal partido da oposição, não é de certeza com um líder daquele tipo que o PSD conseguirá fazer frente ao seu concorrente histórico.
Confirmei que a educação e o berço são as principais caracteristicas de Paulo Portas, mesmo quando se considera a si próprio um taxista e não esconde o seu gosto pelo "capitalismo popular", vulgo feiras.
Confirmei que instrução não é educação ao ouvir e ver Jerónimo de Sousa, pessoa que admiro sempre pela sua postura, pela sua educação quando no trato com outros.
O meu voto está decidido em consciência comigo e nos princípios em que acredito e tento seguir nos meus dias, mas, na minha opinião, este esmiuçamento vai dar frutos!
Dúvidas Ortográficas
Ontem fui chamada à atenção pela minha Mãe sobre a forma como escrevi periquitos, com "e" e não com "i". Fiquei confusa. (Não é para me gabar, mas escrevo sem corrector automático e desde muito pequena que escrevo sem erros.) Tinha quase a certeza de que não tinha errado, mas uma chamada de atenção em português, vinda da minha Mãe que é a pessoa responsável geneticamente pelas minhas características de leitora e pseudo-escritora, caíu-me no goto. Fiquei a pensar que só o dicionário é que poderia ser o tira-teimas entre nós duas. Fui agora ao meu dicionário, versão 2009 da Porto Editora, e confirmei - Periquito é mesmo com "e".
Sorry Mum :-)
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Mudança de Rumo
Tomei hoje uma decisão que, provavelmente, deveria ter tomado há mais tempo. Eu que sou uma pessoa que adora mudança, tenho vindo a adiar esta. Como sempre, porque tenho deixado que o coração me guie, o que também nem sempre é bom.
Passo a explicar. Os Filhos são pessoas com personalidades próprias independentemente de serem filhos dos mesmos Pais e de serem educados da mesma forma. O que para um/s é bom, para outro/s pode não o ser. E este ser bom para uns e não para outros, aplica-se também à escola que escolhemos e onde pretendemos que estudem e sejam felizes.
A EB 2.3 onde andou a Catarina durante cinco anos, acolheu o Manel durante cinco anos também. Sem problemas, sem dores de cabeça, tranquilo. Ao chegar a vez do Martim, o destino foi a mesma Escola. Infelizmente, com ele, a adaptação não foi tranquila, a vontade de ir para aquela escola todos os dias não era uma realidade, a conversa sobre a Escola, em casa, também não era feita sem algum efeito "saca-rolhas" da minha parte.
Passada uma semana sobre o início deste Ano Lectivo, o Martim pediu-me para mudar de Escola. Conversei com ele, tentei que a minha parte de Mãe intuísse se deveria ou não fazer-lhe esta vontade. Acabei por aceder ao pedido dele. Amanhã, às 08:30, vai conhecer nova Escola, nova turma, novos Professores. Não posso dizer que não esteja nervosa, mas também não posso dizer que não há um "bichinho" a segredar-me que tomei a decisão certa.
Se alguém da Escola "antiga" me ler, quero que transmita o meu agradecimento a todos os que durante todos estes anos lidaram com os meus Filhos - auxiliares, docentes, funcionários da secretaria, do bar e do refeitório, da papelaria. A todos muito obrigada, do coração. Nunca esquecerei nenhum e nunca esquecerei esta Escola, mas agora temos de mudar de rumo!
Passo a explicar. Os Filhos são pessoas com personalidades próprias independentemente de serem filhos dos mesmos Pais e de serem educados da mesma forma. O que para um/s é bom, para outro/s pode não o ser. E este ser bom para uns e não para outros, aplica-se também à escola que escolhemos e onde pretendemos que estudem e sejam felizes.
A EB 2.3 onde andou a Catarina durante cinco anos, acolheu o Manel durante cinco anos também. Sem problemas, sem dores de cabeça, tranquilo. Ao chegar a vez do Martim, o destino foi a mesma Escola. Infelizmente, com ele, a adaptação não foi tranquila, a vontade de ir para aquela escola todos os dias não era uma realidade, a conversa sobre a Escola, em casa, também não era feita sem algum efeito "saca-rolhas" da minha parte.
Passada uma semana sobre o início deste Ano Lectivo, o Martim pediu-me para mudar de Escola. Conversei com ele, tentei que a minha parte de Mãe intuísse se deveria ou não fazer-lhe esta vontade. Acabei por aceder ao pedido dele. Amanhã, às 08:30, vai conhecer nova Escola, nova turma, novos Professores. Não posso dizer que não esteja nervosa, mas também não posso dizer que não há um "bichinho" a segredar-me que tomei a decisão certa.
Se alguém da Escola "antiga" me ler, quero que transmita o meu agradecimento a todos os que durante todos estes anos lidaram com os meus Filhos - auxiliares, docentes, funcionários da secretaria, do bar e do refeitório, da papelaria. A todos muito obrigada, do coração. Nunca esquecerei nenhum e nunca esquecerei esta Escola, mas agora temos de mudar de rumo!
Com lágrimas nos olhos...
"Mãe, temos de nos despachar. Tens duas pessoas lá ao portão, à espera que chegues, com uma surpresa para ti."
O fim do dia é sempre altamente stressante. Recolher todos, chegar a casa com novidades do dia, mochilas, vontade de lanchar (independentemente da hora), preparar jantar, mandá-los para o banho sem ceder às pressões da MALDITA série dos Morangos!...enfim...surpresas ao final do dia...
O fim do dia é sempre altamente stressante. Recolher todos, chegar a casa com novidades do dia, mochilas, vontade de lanchar (independentemente da hora), preparar jantar, mandá-los para o banho sem ceder às pressões da MALDITA série dos Morangos!...enfim...surpresas ao final do dia...
A Sara e a Rafa. Ao portão, de mangas curtas, cheias de frio, há que tempos à espera. Com elas o desejado Moleskine vermelho onde uma dedicatória diz mais ou menos isto "Com miminhos, a pedinchice no blog valeu a pena, desta vez!"
Obrigada "Sobrinhas"!!!! Prometo usá-lo bem, sem desenhos, porque desenhar não é o meu forte, mas com letras escritas e colagens de momentos especiais. Vocês sabem do que eu sou capaz! Beijos enormes, ainda com a garganta em nó!
PS - amanhã fotografo e ponho aqui, OK?
Obrigada "Sobrinhas"!!!! Prometo usá-lo bem, sem desenhos, porque desenhar não é o meu forte, mas com letras escritas e colagens de momentos especiais. Vocês sabem do que eu sou capaz! Beijos enormes, ainda com a garganta em nó!
PS - amanhã fotografo e ponho aqui, OK?
Sonhos...
O Mateus anda a contar dias no calendário, convencido de que iremos todos ao Coliseu ver este espectáculo.
Ninguém lhe fez essa promessa.
Ele ouviu na televisão que o espectáculo iria ser no dia 5 de Outubro e escreveu no calendário da cozinha. Não sei bem como lhe dizer que o estado das nossas finanças, após o arranque do ano lectivo multiplicado por quatro, não nos permitirá realizar-lhe este desejo...
Ninguém lhe fez essa promessa.
Ele ouviu na televisão que o espectáculo iria ser no dia 5 de Outubro e escreveu no calendário da cozinha. Não sei bem como lhe dizer que o estado das nossas finanças, após o arranque do ano lectivo multiplicado por quatro, não nos permitirá realizar-lhe este desejo...
Salvador
Tenho este livro desde o Natal de 2007. Ainda não o tinha lido, nem sei bem porquê...outros foram chegando e tirando-lhe o lugar.
Ontem fui ter com ele e ofereci-lhe espaço dentro do meu saco. Agora anda comigo!
Cool Team # [1]
Convém dizer que por uma indesculpável falta de atenção na interpretação de uma das perguntas do questionário que orientava o Peddy paper, não tivemos direito a nenhum prémio. Convém dizer que ontem, quando às cinco da tarde voltámos ao CCE, íamos todos convencidos de que o 1º lugar era nosso. E mais convencidos ficámos quando pessoas que estavam nos stands dos expositores nos perguntaram se éramos nós os do 1º prémio.
Passado o momento em que compreendemos que havíamos errado e, por isso, tínhamos sido desclassificados, percebemos, grandes e pequenos, que tínhamos ganho um prémio muito maior, muito mais valioso, o prémio da simpatia de todos os que organizaram o Peddy Paper. Instantaneamente trocaram-se números de telefone e endereços de email, encetaram-se conversas e soltaram-se sorrisos e gargalhadas. Deixámos para trás o CCE e "mergulhámos" no SWAP Market instalado na FIARTIL. Graças ao enorme saco carregado de roupa inútil nos nossos armários, acumulámos 180 Swaps que nos permitiram trazer para casa coisas que já eram inúteis em casas de outras pessoas. O verdadeiro interesse do SwapMarket foi mostrar aos miúdos que é possível esquecer o dinheiro (nem que seja por breves horas) e basear o alcançar dos nossos objectivos na troca.
Eu trouxe livros (como seria de esperar!), um espelho que vou pôr no hall de entrada e uma bela fotografia a preto e branco que tem lugar na sala (muito desejada durante o SwapMarket, mas que eu deixei reservada no sábado...ah, ah, ah!). A Catarina trouxe roupa. O Mateus e o Pai trouxeram óculos escuros e um diablo. O Martim uma carteira. O Manel uma T-Shirt laranja! Não gastámos os Swaps todos (nem pouco mais ou menos) e garantimos que várias pessoas vão receber roupa durante o próximo Inverno!
Foi um final de fim de semana muito COOL!
Passado o momento em que compreendemos que havíamos errado e, por isso, tínhamos sido desclassificados, percebemos, grandes e pequenos, que tínhamos ganho um prémio muito maior, muito mais valioso, o prémio da simpatia de todos os que organizaram o Peddy Paper. Instantaneamente trocaram-se números de telefone e endereços de email, encetaram-se conversas e soltaram-se sorrisos e gargalhadas. Deixámos para trás o CCE e "mergulhámos" no SWAP Market instalado na FIARTIL. Graças ao enorme saco carregado de roupa inútil nos nossos armários, acumulámos 180 Swaps que nos permitiram trazer para casa coisas que já eram inúteis em casas de outras pessoas. O verdadeiro interesse do SwapMarket foi mostrar aos miúdos que é possível esquecer o dinheiro (nem que seja por breves horas) e basear o alcançar dos nossos objectivos na troca.
Eu trouxe livros (como seria de esperar!), um espelho que vou pôr no hall de entrada e uma bela fotografia a preto e branco que tem lugar na sala (muito desejada durante o SwapMarket, mas que eu deixei reservada no sábado...ah, ah, ah!). A Catarina trouxe roupa. O Mateus e o Pai trouxeram óculos escuros e um diablo. O Martim uma carteira. O Manel uma T-Shirt laranja! Não gastámos os Swaps todos (nem pouco mais ou menos) e garantimos que várias pessoas vão receber roupa durante o próximo Inverno!
Foi um final de fim de semana muito COOL!
Que o silêncio...# [1]
...que hoje se escuta em casa me ajude a arrumar ideias, pensamentos, planos e desejos. Setembro chega ao fim, o Outono bate à porta. Crianças encaminhadas num novo ano, tudo a reentrar na normalidade dos dias.
É o primeiro dia sozinha depois do regresso de férias. Estou em silêncio.
É o primeiro dia sozinha depois do regresso de férias. Estou em silêncio.
sábado, 19 de setembro de 2009
Que o silêncio...
Que o silêncio
verde
da floresta
não saiba nunca
o silêncio
negro
das cinzas.
Matilde Rosa Araújo
(copiado de um cartaz, feito por Alunos e Professores
da EB 2.3 da Galiza, enquanto decorria a reunião com a DT)
verde
da floresta
não saiba nunca
o silêncio
negro
das cinzas.
Matilde Rosa Araújo
(copiado de um cartaz, feito por Alunos e Professores
da EB 2.3 da Galiza, enquanto decorria a reunião com a DT)
Novos Habitantes
Não são estes mas são da família
...quatro filhos, três cães e três periquitos...
parece-me que estou a entrar no bom caminho para fugir de casa!!!!
Um pássaro era um desejo do Martim há já muito tempo. Uma Amiga, cujo Tio faz criação destes animais, disse-me que havia bebés e que era uma boa altura para ir lá buscar um.
Hoje era a ocasião ideal para ir buscar o tão desejado periquito (que, segundo eles, vai aprender a falar e a andar à solta pela casa). O Martim e o Mateus foram para festas de colegas de escola. Antes de os irmos buscar fomos comprar a gaiola e recolher o passarinho. O pior é que o dito senhor, cansado de tanto pássaro (tem cerca de 40 periquitos!!!), nos ofereceu três belos exemplares e durante a próxima semana oferecer-nos-à o quarto (um para cada Filho, portanto!!!), um verde.
A partir de hoje tenho companhia na cozinha e a incumbência de conversar com os meus companheiros durante o dia para eles aprenderem a falar e não se sentirem sozinhos e tristes!
Hoje era a ocasião ideal para ir buscar o tão desejado periquito (que, segundo eles, vai aprender a falar e a andar à solta pela casa). O Martim e o Mateus foram para festas de colegas de escola. Antes de os irmos buscar fomos comprar a gaiola e recolher o passarinho. O pior é que o dito senhor, cansado de tanto pássaro (tem cerca de 40 periquitos!!!), nos ofereceu três belos exemplares e durante a próxima semana oferecer-nos-à o quarto (um para cada Filho, portanto!!!), um verde.
A partir de hoje tenho companhia na cozinha e a incumbência de conversar com os meus companheiros durante o dia para eles aprenderem a falar e não se sentirem sozinhos e tristes!
Sou só eu que sinto isto?...
Cool Team
A publicidade funciona. Assim que vi os outdoors lancei-me na pesquisa cibernáutica. Fiquei entusiasmada com uma série de conferências que vi na programação, mas foi o Peddy Paper que se realizava hoje que me fez inscrever toda a Família mais duas "penduras". Cool Team foi o nome que demos à equipa. Porque este evento assenta na sustentabilidade e em atitudes que auxiliem o planeta e todos os seus habitantes, ter um espírito Cool é um bom princípio, pensei eu.
Demos entrada no Centro de Congressos do Estoril às 10:00 e por lá andámos a "melgar" todos os stands pedidos no questionário do Peddy Paper e todos os que apenas lá estão na qualidade de expositores até depois das duas da tarde! Foi super divertido e viemos para casa carregados de brindes. Vale a pena ir conhecer este Green Fest. Gente simpática e muito Cool!
Obrigada a todos os que estão a trabalhar neste evento patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais (entre outros) e a todos os que se juntaram também na FIARTIL para expôr produtos e modos de vida que nos auxiliem a ter melhores dias e a manter um Planeta mais saudável!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Ter filhos a Estudar é M U I T O C A R O!!!
Desculpem-me se o assunto é por demais batido e falado e discutido e conversado, mas eu não consigo deixar de me sentir roubada. Melhor, muito roubada.
Todos os anos, religiosamente em Julho, quando as listas dos livros escolares para o ano lectivo seguinte são publicadas, eu encomendo os livros. Via Internet, pagamento multibanco, entrega ao domicílio. Todos os anos pago uma pipa de massa antes de ir de férias. Este ano decidi que não ia fazer nada disso. Fui de férias calma e sossegada e o assunto livros tratar-se-ia em Setembro depois de um mês de descanso merecido.
Para o Martim consegui arranjar todos os livros emprestados, uma vez que emprestei os que tinham sido do Manel e nunca mos devolveram. Tranquilo.
Concentrei-me, de seguida, a enviar mails com a lista dos livros para o Manel. Enviei muitos mails e sms's. Com muito esforço (porque os livros adoptados mudam de escola para escola e, por vezes, dentro da mesma escola, de professor para professor) lá consegui que me emprestassem alguns livros, não me livrando de comprar a maioria deles (e estamos a falar de manuais que custam entre €26 e €37!). Primeiros TPC de Matemática. Livros emprestados, o mesmo nome, os mesmos autores, capa diferente. O Manel envia-me um SMS a dizer que tinha feito um exercício que não era o certo porque o livro era diferente. Fiquei em pulgas. Então? O manual alterou por dentro. Não consigo achar isto normal. Não consigo aceitar que em tempo de crise global, as editoras se deêm ao luxo de alterar por dentro um manual que até poderia servir para mais do que um ano lectivo, só para garantirem a sua quota de mercado. Também não consigo aceitar que os Professores entrem neste esquema e não optem por criar nas bibliotecas das Escolas Bolsas de Livros Usados para auxiliarem os Pais/Encarregados de Educação que têm no mês de Setembro cargas de despesas quase incomportáveis.
Quando se fala tanto em autonomia das Escolas, em diminuição das despesas, em crise generalizada, em ambiente, em sustentabilidade, como é que a política dos livros escolares não é alterada? Não considero de bom tom que se escolha um novo manual só porque a capa alterou, se a matéria que lá vem dentro é a mesma. Não considero de bom tom que se continue a sobrecarregar as Famílias desta maneira quando se pedem já tantos sacrifícios e quando o índice de natalidade é cada vez mais baixo e a população cada vez mais envelhecida.
Mas...no fundo...somos capazes de ter o que merecemos, porque somos um povo que não se une em reclamações efectivas. Todos barafustamos, individualmente, no interior das nossas casa e famílias, mas não nos sabemos organizar, para que as reclamações cheguem a quem as possa ouvir e solucionar. Há muito a mudar na sociedade portuguesa. Há muito trabalho a fazer em termos de solidariedade e capacidade de resolução comunitária de questões que afectam essa mesma comunidade. Que tal, começarmos a pensar em contribuir para esta mudança?
Para o Martim consegui arranjar todos os livros emprestados, uma vez que emprestei os que tinham sido do Manel e nunca mos devolveram. Tranquilo.
Concentrei-me, de seguida, a enviar mails com a lista dos livros para o Manel. Enviei muitos mails e sms's. Com muito esforço (porque os livros adoptados mudam de escola para escola e, por vezes, dentro da mesma escola, de professor para professor) lá consegui que me emprestassem alguns livros, não me livrando de comprar a maioria deles (e estamos a falar de manuais que custam entre €26 e €37!). Primeiros TPC de Matemática. Livros emprestados, o mesmo nome, os mesmos autores, capa diferente. O Manel envia-me um SMS a dizer que tinha feito um exercício que não era o certo porque o livro era diferente. Fiquei em pulgas. Então? O manual alterou por dentro. Não consigo achar isto normal. Não consigo aceitar que em tempo de crise global, as editoras se deêm ao luxo de alterar por dentro um manual que até poderia servir para mais do que um ano lectivo, só para garantirem a sua quota de mercado. Também não consigo aceitar que os Professores entrem neste esquema e não optem por criar nas bibliotecas das Escolas Bolsas de Livros Usados para auxiliarem os Pais/Encarregados de Educação que têm no mês de Setembro cargas de despesas quase incomportáveis.
Quando se fala tanto em autonomia das Escolas, em diminuição das despesas, em crise generalizada, em ambiente, em sustentabilidade, como é que a política dos livros escolares não é alterada? Não considero de bom tom que se escolha um novo manual só porque a capa alterou, se a matéria que lá vem dentro é a mesma. Não considero de bom tom que se continue a sobrecarregar as Famílias desta maneira quando se pedem já tantos sacrifícios e quando o índice de natalidade é cada vez mais baixo e a população cada vez mais envelhecida.
Mas...no fundo...somos capazes de ter o que merecemos, porque somos um povo que não se une em reclamações efectivas. Todos barafustamos, individualmente, no interior das nossas casa e famílias, mas não nos sabemos organizar, para que as reclamações cheguem a quem as possa ouvir e solucionar. Há muito a mudar na sociedade portuguesa. Há muito trabalho a fazer em termos de solidariedade e capacidade de resolução comunitária de questões que afectam essa mesma comunidade. Que tal, começarmos a pensar em contribuir para esta mudança?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Filas e Filas depois...Finalmente!
Hoje voltámos às Belas Artes. A matrícula online não estava a dar, o telefone da Faculdade estava sem capacidade de dar saída a tanta chamada, a Catarina estava a stressar. O que vale é que estes passeios à cidade nos sabem pela vida. As duas, de comboio e depois a pé pelas ruas da baixa. Sem os rapazes e rapazinhos atrás de nós, sem termos que tomar conta, chamar a atenção, ralhar e ser árbitro em discussões. Estes nossos momentos são deliciosos. Ainda mais porque o nosso poder de observação é aguçado, os pensamentos quase se complementam e, muitas vezes, as frases saem em coro sobre determinado assunto.
Na estação de S. João, as máquinas dos bilhetes estavam avariadas e a bilheteira fechada. Estivemos na fila, à espera que um funcionário carregasse de moedas a única máquina que funcionava. Estivemos na fila da secretaria da Faculdade para nos certificarmos que a matrícula online tinha sido validada. Estivemos na fila para pedir o certificado de matrícula para podermos tratar do passe Sub-23. Estivemos na fila para almoçar. Estivemos na fila para tratar do passe.
De regresso à nossa terra pequenina, fomos para a fila da secretaria do Liceu pedir o reembolso do custo do pedido de recurso do exame de Desenho...
No dia da Fila conseguimos tratar de tudo, ou melhor, quase tudo. O cheque do reembolso do recurso ainda não está assinado...passados quinze dias de o termos pedido...
Na estação de S. João, as máquinas dos bilhetes estavam avariadas e a bilheteira fechada. Estivemos na fila, à espera que um funcionário carregasse de moedas a única máquina que funcionava. Estivemos na fila da secretaria da Faculdade para nos certificarmos que a matrícula online tinha sido validada. Estivemos na fila para pedir o certificado de matrícula para podermos tratar do passe Sub-23. Estivemos na fila para almoçar. Estivemos na fila para tratar do passe.
De regresso à nossa terra pequenina, fomos para a fila da secretaria do Liceu pedir o reembolso do custo do pedido de recurso do exame de Desenho...
No dia da Fila conseguimos tratar de tudo, ou melhor, quase tudo. O cheque do reembolso do recurso ainda não está assinado...passados quinze dias de o termos pedido...
Cordão de Leitura
Mimos...
Postais vindos de França
Notas vindas da Bulgária
Notas vindas da Bulgária
O material que ando a guardar para o meu Moleskine vermelho acumula-se.
Ontem recebi estes presentes, recuerdos de férias de uma das minhas "sobrinhas" queridas.
Eu sou muito fã deste tipo de presentes. Estar em qualquer lado, ver uma coisa e pensar quem é que gostaria muito de a receber. Dá-me muito prazer oferecer estes pequenos presentes quando sei que farão a delícia do destinatário, mas é raro ser eu a recebê-los...por isso, fiquei derretida. Por ela se ter lembrado de mim durante as suas férias de viajante pela Europa e por já ter percebido que são estes os presentes que me dão maior prazer.
Obrigada Francisca!
Ontem recebi estes presentes, recuerdos de férias de uma das minhas "sobrinhas" queridas.
Eu sou muito fã deste tipo de presentes. Estar em qualquer lado, ver uma coisa e pensar quem é que gostaria muito de a receber. Dá-me muito prazer oferecer estes pequenos presentes quando sei que farão a delícia do destinatário, mas é raro ser eu a recebê-los...por isso, fiquei derretida. Por ela se ter lembrado de mim durante as suas férias de viajante pela Europa e por já ter percebido que são estes os presentes que me dão maior prazer.
Obrigada Francisca!
Corro o risco...
de me estar a apaixonar perdidamente.
Não por uma pessoa mas por milhares. Não por um local específico mas por toda uma cidade. Uma cidade que é a minha, mas que está tão diferente e sempre tão bonita. Durante 22 anos vivi nesta cidade, durante 11 anos foi ela o meu destino diário no percurso casa-trabalho. Nunca dei demasiada atenção ao que me rodeava, nunca usufrui do facto de ter nascido e crescido numa cidade que tem uma luz inconfundível, calçada como mais ninguém tem, uma parte antiga feita de prédios maravilhosamente encostados ao rio que nos dá a maresia, a proximidade da água na nossa tradição de viajantes e descobridores de novos mundos.
Agora, dez anos passados sobre a decisão de abandonar o percurso casa-trabalho, vou a Lisboa de olhos que observam e captam os mais ínfimos pormenores. Passados dez anos, quando saio desta minha terra pequenina, chego à cidade e vejo tanta mudança. Espanto-me com inovações (como o alargamento da linha de Metro e o nascimento de tantas e tão bonitas estações) e espanto-me também com a quantidade de pessoas que circulam, a pé ou de carro. E quando chego perto da Praça Duque de Terceira, com a estação de comboios à vista, aperta-se-me o coração. Não me apetece voltar já, para a minha terra pequenina, onde há poucas pessoas a andar a pé de um lado para o outro, mas há um mar imenso que me inunda os olhos e o espírito...
...de água, azul e maresia!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Pelo Pensamento é que vamos
Corro o risco de que me chamem Mãe galinha mas não me importo mesmo nada. Corro o risco de perder seguidores e de ver as minhas visitas diárias a descerem, mas também não me importo. Ando numa fase de orgulho imenso dos Jovens e Crianças que tenho cá em casa e quero gritar este orgulho aos quatro ventos e aos ouvidos deles.
O Manel mudou de escola. Foi para uma Secundária onde conhecia algumas pessoas mas onde não tem "amigos do peito". O mês de férias foi passado em sufoco a pensar como seria a vida quando recomeçassem as aulas.
O Manel mudou de escola. Foi para uma Secundária onde conhecia algumas pessoas mas onde não tem "amigos do peito". O mês de férias foi passado em sufoco a pensar como seria a vida quando recomeçassem as aulas.
Ontem, à mesa do jantar, propôs que falássemos sobre a Vida. No sentido lato do que é viver, do que são ou parecem ser as coisas que nos rodeiam. Do que é tudo o que sonhamos. Será realidade a Vida ou o Sonho? Quem nos disse o que é real? E quem nos disse, saberá o que é na realidade? E enquanto falava, os olhos dele quase lhe saíam das órbitas. O sorriso fácil. O entusiasmo estampado no rosto, nos seus maravilhosos 15 anos.
E quem diz que a Filosofia é a Ciência com a qual e sem a qual nós ficamos tal e qual, é porque não tem a capacidade de se espantar, de se entusiasmar com as peguntas na demanda do pensamento...
E quem diz que a Filosofia é a Ciência com a qual e sem a qual nós ficamos tal e qual, é porque não tem a capacidade de se espantar, de se entusiasmar com as peguntas na demanda do pensamento...
Ainda a "bem dita Gripe"
- Mãe, podes comprar-me desinfectante?
- Para quê Mateus? Na Escola existem frasquinhos de desinfectante.
- Pois, mas todos têm um desinfectante e eu não...já sei que não me vais comprar...
- Para quê Mateus? Na Escola existem frasquinhos de desinfectante.
- Pois, mas todos têm um desinfectante e eu não...já sei que não me vais comprar...
Eu não digo que já não há pachorra para esta Gripe?
Serviço Público
Fiquei sem água em casa às 11:00. Eram 16:00 e ainda nem uma gota do bem precioso, incolor e inodoro caía de qualquer uma das torneiras cá de casa. Como "quem tem net vai a Roma", pus os meus dedos a caminho e fui ao SMAS. Descobri isto. O SMAS Cascais é mesmo muito "à frente"!!!
Ortografia Antiga
Esta porta meteu-se pela máquina dentro. Quis vir comigo e eu fiz-lhe a vontade. A grafia fez-me apetecer os clássicos portugueses em edições antigas, com a grafia antiga. Vou pesquisar e ver o que encontro...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Antes de ir dormir...
Hoje pode não ter sido um dia muito bom do ponto de vista de posts...
Foi um dia calmo.
O Manel veio tão feliz da escola nova. Entusiasmado com Filosofia, segundo ele uma grande maluqueira mas ele acha que vai ser muito fixe!
Estou feliz pelos meus Filhos, pelos quatro!
Foi um dia calmo.
O Manel veio tão feliz da escola nova. Entusiasmado com Filosofia, segundo ele uma grande maluqueira mas ele acha que vai ser muito fixe!
Estou feliz pelos meus Filhos, pelos quatro!
Ouço os passos. Não sei se os ouço na realidade. O soalho de madeira range e estala. Sem que ninguém o pise estala durante todo o dia. Por vezes, quando o ouço estalar a meio da noite, suspendo a respiração, como se também ela me assustasse. Treino este meu temor no silêncio estalado da noite. Há anos atrás quando era menina precisava de acender a luz no início do corredor para o conseguir percorrer até ao final. Ao temor do escuro juntavam-se as badaladas do relógio que tocava na cozinha. Fui-me deixando crescer ao som daquela música, ao som daquele ranger de passos. No percurso do meu corredor desapareceram vozes e sombras, nasceram passos novos e o som de outras tábuas a estalar debaixo dos pés. No silêncio da noite, quando a madeira estala e eu sustenho a respiração, imagino as sombras que desapareceram a abeirarem-se da minha cama. Sinto-lhes a respiração e o cheiro. Abro os olhos no escuro e tenho-me apenas a mim por companhia.
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