Agora que já passei à frente de todas as confissões que me podem envergonhar perante a blogosfera, posso dizer o que sinto depois de ter visto este espectáculo.
Sou uma apaixonada pelo trabalho do Rodrigo Leão, o que dificulta um pouco uma análise imparcial. Gostei de ver um Coliseu cheio, a ouvir cada nota num silêncio de admiração, a aplaudir no final de cada trecho com a alegria e o deslumbramento próprios de quem assiste a algo maravilhoso, genial. Fiquei emocionada quando vi o Pedro Oliveira no palco, um amigo de infância do Rodrigo Leão, um colega meu de escola e meu companheiro nas viagens de Metro escola-casa. Apeteceu-me gritar das galerias lá para baixo. Apeteceu-me ir falar-lhe, dizer-lhe que estava ali, perguntar-lhe o que tem feito... Fiquei emocionada ao sentir a magia dos encores (tivemos direito a três) que são especiais no Coliseu. Fiquei emocionada com a beleza da música, com a interpretação de cada um dos músicos em palco, (embora o violoncelo e a bateria sejam os meus preferidos), com as vozes femininas que se adaptam à música na perfeição.
Se é verdade que somos aquilo que vemos, que lemos, que ouvimos, então, é verdade que hoje sou uma pessoa melhor.