Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

sábado, 31 de maio de 2008

José Barata Moura na Escola

Ontem foi um dia altamente Musical!

Antes de ir para o Rock in Rio, tive o prazer de ir buscar o Professor Barata Moura à Reitoria da Universidade de Lisboa e trazê-lo para a Escola dos M.M.s pequenos.
A criançada estava completamente eufórica. Durante toda a semana, o sumário foi "Jornadas José Barata Moura". Assim que o convidado entrou no salão choveram as palmas.
Depois foi a actuação dos nossos/as Meninos/as. Cantaram as cantigas que o convidado criou, algumas delas com mais de 40 anos! "Assaltaram" o Professor pedindo autógrafos e o Professor não se fez rogado. Em todos os papelinhos escreveu o seu nome, fez questão de não deixar ninguém de mãos a abanar.
Para acabar em beleza, impressionado pela qualidade dos pequenos cantores, decidiu agradecer-lhes fazendo o que ninguém teria a ousadia de lhe pedir - cantou para eles.
Pegou na guitarra, pôs o pé em cima de uma cadeira e cantou.
Para os mais "cotas", foi como voltar atrás 30 anos e estar a ver o Zé Barata Moura no Fungágá da Bicharada!
Adorámos!
Daqui agradeço em nome de todos nós, obrigada pela simpatia, pela doçura com os/as meninos/as, pelo prazer que demonstrou em ter aceite o nosso convite!
Volte sempre!

Rock in Rio II, Amy Winehouse

Já todos pensavamos que ela não ia aparecer...
Apareceu. Na cara surgiu o pânico quando viu a quantidade de pessoas que a esperavam!
A partir daí foi o que todos vimos ou já ouvimos ou lemos hoje. O esquecimento do alinhamento, o esquecimento das letras das próprias músicas, o copo, o que saía de dentro do decote p'ra boca, o desequilíbrio.
Para mim foi difícil abstrair-me da degradação, da decadência a que se pode chegar aos 24 anos de idade.
Fiquei triste, mas gostei do que ouvi. Do som, dos músicos que a acompanharam, auxiliaram em palco e salvaram a actuação...

Rock in Rio I, a Emoção da Multidão

Muitas palavras seriam demasiadas para descrever o evento que é o Rock in Rio.
É simplesmente BRUTAL olhar, de cima, e ver a quantidade de pessoas que se juntam.
As emoções são colectivas, os movimentos são colectivos, as vozes tornam-se uma, o Momento!
Cá dentro da minha memória fica a imensidão humana. 120 mil pessoas.
Muitas palavras seriam demasiadas...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O MEU PRIMEIRO AMANTE

Vi ontem, no canal Mov.
É lindo!
Cheio de Momentos! Cheio de reflexões sobre como duas solidões tão diferentes se podem transformar numa Amizade tão sincera e profunda, onde a frase "Os Amigos são a Família que escolhemos" faz todo o sentido!
Vale a pena alugar/comprar/ver e pensar sobre ele!

"My First Mister" (2001 - 105m)

SINOPSE

Jennifer (Leelee Sobieski) é um rapariga chocante e irreverente de 17 anos, profundamente alienada, desempregada e em divergência com o mundo.A sua atitude rebelde é aberta e enriquecida pela sua convivência com Randall (Albert Brooks), um quarentão gerente de uma loja de roupa.Chocado e intrigado com as confrontações destemidas de Jennifer para com o mundo que a rodeia, Randall descobre-lhe o humor e a compaixão por trás da sua aparência ultrajante, dos piercings na cara e do seu comportamento anti-social. Jennifer vê-se, pela primeira vez, livre da família que ela tanto despreza... acabando por conhecer através de Randall, o jovem Randy (Desmond Harrington) com quem inicia uma excitante relação.
Realizador Christine Lahti
Intérpretes
Albert Brooks, Leelee Sobieski, Desmond Harrington, Carol Kane, Mary Kay Place, Michael McKean

MSN


Não, não venho dizer mal do MSN, queixar-me que os meus Filhos passam a vida ligados e agarrados ao PC!

Venho só reflectir um bocadinho sobre como é bom ser-se jovem nos dias de hoje! Por tantas razões mas hoje falo sobre a Internet.

A Internet liga-nos ao Mundo, a qualquer mundo que queiramos, em segundos. Quando eu era jovem e estudante, fazer um trabalho de pesquisa significava horas a consultar livros e bibliotecas (o que também era uma vantagem que agora está quase em desuso...). Agora, ao alcance dos dedos está tudo.

Quando eu era jovem, para falar aos meus amigos, tinha que pedir autorização para utilizar o telefone lá de casa e só podia falar uns minutitos...Agora, a qualquer hora falamos com quem quisermos, o tempo que quisermos, a custo zero!

A C. tem hoje teste de Geometria Descritiva (GD). Disciplina que lhe dá voltas à cabeça e que a faz empenhar-se muito. Ontem, o serão dela foi passado online com um colega de turma, aluno de 20 a esta disciplina. Online no MSN, auricular do telemóvel no ouvido (porque eles também descobrem as tarifas e promoções que lhes dão a hipótese de falar à borla), papel e lápis. Assim passou o serão, a resolver exercícios de GD com a ajuda de um colega/amigo, sim porque é preciso ser-se amigo para se ser explicador online, a custo zero durante um serão inteiro!

Antes de se ir deitar veio mostrar-me os exercícios que tinha conseguido fazer com a ajuda do F.

"O quê? Toda a noite agarrada aquilo p'ra só fazeres essa porcariazita", perguntei eu, p'ra me meter com ela!

Nestas ocasiões temos que dar a mão à palmatória e reconhecer que o que por vezes nos dá grandes dores de cabeça, se for bem utilizado pode ser uma ferramenta de trabalho bem útil!

Chegou o Dia II!

Yeah!!!

Chegou o Dia!!!

É hoje que o Professor Barata Moura vem à Escola dos "canochas" e sou eu que o vou buscar à Reitoria, juntamente com o Professor de Música!

Os Miúdos estão em pulgas, nervosos, andam a ensaiar músicas do Professor/Cantor, os Professores estão nervosos, não é todos os dias que a Escola tem tão ilustre visitante. O nosso Presidente da Câmara ficou "encantado" com esta visita, foi condiscípulo do Professor/Cantor, recomendou "especial atenção" a este visitante!

Admito que também estou nervosa! Conheço estas músicas desde pequena, canto-as desde pequena. Fui aluna do Professor Barata Moura na F.L.L.. Fui eu que tive esta ideia maravilhosa de o convidar. Estou nervosa, sim, mas com imensa vontade de o conhecer pessoalmente, informalmente!
Enfim, hoje vai ser um Dia em Grande! Cheio de emoções! Primeiras emoções!

Chegou o Dia I!


Yeah!!!

É hoje!

Começa a edição de 2008 do Rock in Rio e eu VOU estar lá!

Admito que estou um bocadito nervosa...na dúvida se hei-de levar o carro p'ra Lisboa ou se hei-de ir de transportes com os "pitos" e "pitas" todos atrás de mim, na dúvida se posso levar farnel ou se havemos de comer lá (Mãe, temos que fazer sanduíches e levar, lá é tudo caríssimo e há filas enormes!, e eu sem vontade nenhuma de fazer farnel e de ir carregada de sanduíches...), na dúvida do que vou levar vestido porque nunca sabemos se vai chover ou estar bom tempo...

Sim, também estou nervosa porque me custa horrores não estar em casa quando os meus "meninos" chegam da Escola, sujos, cansados, a fazer birra por tudo e nada...

Yeah!!!

É hoje!

Vou respirar fundo, dizer a mim própria que tudo vai correr bem e preparar-me para uma grande tarde e noite!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

No Comments!

A Belita enviou-me esta e não resisti a publicá-la!
Sem mais comentários...

Aniversário



Hoje é o dia de anos da Raquel, uma das sobrinhas mais velhas do A. Uma miúda super, super fixe! Licenciada, comprou uma carrinha que o Pai transformou e lá foi ela, por essa Europa fora, direita à Dinamarca, à apanha de fruta no Verão, a outras tarefas no Inverno. Trabalho duro, mas que ela adora, está ao ar livre!

Gosto muito de todos os meus sobrinhos, mas a Raquel é realmente especial!

Muitos, muitos, muitos Parabéns! Que passes um dia excelente!

Não, a sério. Não acredito nisto!

Estou a ficar fora, completamente fora de mim!

Hoje é dia 29 de Maio. Chove como se fosse Novembro. Está frio na rua. O que é que se passa?

Já não sei o que vestir, já não me apetece vestir nada do que tenho. Estou farta das botas!

Abri o armário e pensei "Ah...hoje vou vestir uma saia, de ganga, claro!". Lá vesti a saia, mas como não estou já habituada a ver-me de saia, vesti 550 partes de cima até ter mesmo que sair para ir pôr os "canochas" à Escola. Tenho quase a certeza que falta muito pouco tempo para voltar às minhas "ricas" calças de ganga.

Mas o que me apetecia mesmo era poder vestir as minhas túnicas de Verão, clarinhas, coloridas, Zen, calçar havaianas, pôr calças finas, calções, mini saias, ter calor!

Quanto tempo faltará para chegar a Primavera? É que faltam vinte e poucos dias para o Verão...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Representação dos Pais/Encarregados de Educação

nos Conselhos Gerais Transitórios das Escolas.
Esta manhã foi dedicada à problemática da participação dos Pais/Encarregados de Educação na vida escolar. Desde que passei à categoria de Stay Home Mother, a envolvência nas Associações de Pais e outros Movimentos Cívicos passou a ser parte da minha vida. Já trabalhei muito, já escrevi muitas cartas, mails e faxes, tenho conhecido muita gente.

Durante o Ano Lectivo que está quase a terminar, dei-me a mim própria uma espécie de Licença Sabática destas actividades. Para quem nunca se meteu nestas andanças, são andanças que podem dar muitos momentos de alegria mas que dão também muitos momentos de frustração. Daí a minha Licença este ano! Cansei-me de ser eu A Associação de Pais, com tudo o que a ela é inerente.

Mas eis que novidades chegam em Decreto-Lei e os Pais/Encarregados de Educação são chamados à participação activa e efectiva!

No nosso Agrupamento de Escolas (uma 2.3, três básicas e um Jardim de Infância) vamos ter que eleger 12 Pais/Encarregados de Educação, sendo que seis serão efectivos e seis serão suplentes. Já estou a imaginar a conversa e as reacções a que vou assistir quando começar a tentar "angariar" elementos para esta equipa...

"Ah, isso é bom p'ra ti que não trabalhas"

"Ai, nem penses! Não tenho tempo para essas coisas!"

"'Tás doida? Não, não me peças isso!"

De toda a maneira, lá fiz uma Convocatória para Assembleia Geral de Pais/Encarregados de Educação. Estou p'ra ver quem aparecerá e quem se oferecerá para estes novos cargos...

Invasão e...inundação...


"Mãeeee...posso vir p'ra tua cama? Estou com sonhos maus..."

Cheguei-me mais p'ra dentro, empurrei o Pai, arranjei espaço p'ro "penetra".
Quando acordei, de manhã, senti as calças do meu pijama molhadas :-(
O resultado do sonho mau foi despejado na minha cama!

terça-feira, 27 de maio de 2008

A Idade Ideal

Num destes últimos dias, cá em casa, ao almoço, falava-se sobre qual seria a idade ideal para parar. Os "Grandes" diziam que devia ser por volta dos 20 e poucos anos, porque já podiam conduzir, já teriam carro, emprego, etc.
Atrevi-me a dar a minha opinião de "cota" e avancei com os 40, patamar onde me situo. Ficaram a olhar para mim com um ar aterrorizado, como quem diz "Que horror, tão velhos?".
A verdade é que os 40 têm sido muito bons para mim. Aos 40 temos uma segurança e um à vontade na vida que nos permite a assumpção de atitudes, posturas e decisões que noutra idade não seriam muito bem vistas. Tenho-me sentido, aos 40, mais gira, interessante e desejável do que me senti em adolescente ou nas épocas dos 20 aos 30. E tenho gostado disso!
A propósito deste meu sentimento acerca dos 40, li no Ares da minha Graça um post que fala precisamente sobre este encanto que tenho sentido. No espelho encontro na minha cara as marcas dos dias que já vivi, ri e chorei; na minha barriga a marca que ficou de quatro bébés que por ela foram transportados durante nove meses, mas nada disto me preocupa minimamente porque é bom não esquecer os momentos que já vivemos e saber-se que ainda temos muitos outros para viver com muita sabedoria acumulada!
Eu aposto claramente nos 40!

Anseio


por dias de Verão.
Longos, quentes e luminosos.
por dias de férias.
Sem rigidez de horários e regras a cumprir.
por dias de descanso.
Comigo descontraída, sem ralhar, sem ter que ser a toda a hora o comandante de um navio que tem sempre que chegar a bom porto.

pelo final da Escola!

Pensamentos


A minha Caixa de Pandora abriu-se e deixou fugir todos os pensamentos que lá estavam guardados.
Sentiu-os ir embora. Esvaziei-me de sentimentos que não eram verdadeiros. Fiquei só.
Já me tinha habituado à companhia algo esquizofrénica de pensamentos e sentimentos que não existiam sem ser na minha imaginação. Existiam no outro Ser de mim. O Ser que me observa, que vive dentro de mim e, às vezes, em paralelo.
Agora a solidão do meu Ser verdadeiro é real e os pensamentos, que não encontram eco no outro Ser de mim, não têm a fantasia de outrora.

O que os/as Outros/as pensam de mim

Sentada no carro, à porta da Escola, 30 minutos antes de os "Pequenos" saírem, a tentar ler umas páginas...
"Que rica vida, tu não fazes nada! Realmente tens uma vida que não é p'ra todos...Passa aí p'ra bebermos um cafézinho, conversar, fazer um bocadinho de má língua..."
Já nem comento estas "provocações"...será que sabem do que estão a falar? Suponho que não!

No Lugar do Pendura não é fácil conduzir...


Hoje de manhã quando saí para pôr os "Pequenos" na Escola, estavamos atrasados (para variar!).
Eles saíram o portão e eu accionei o comando de abrir portas para eles entrarem rapidamente. Estava a chover, como é normal no final de Maio.
Entraram e sentaram-se.
Fechei o portão, dei a volta ao carro, abri a porta e sentei-me. No lugar do pendura...não sei no que estava a pensar ou em quem estava a pensar para conduzir...

O estado do tempo...e da alma...


Este mau tempo está a acabar comigo!
Não se se acreditam ou não, mas eu não consigo viver sem sol. É superior a mim. Este tempo de chuva e de permanente cinzento anda a arrasar comigo, com os meus pensamentos, com o meu estado de espírito, com a minha disposição!
Não me apetece fazer nada, não sei o que hei-de escrever, sinto-me a desanimar...
Ando com imensa vontade de ter tempo para me sentar a ler, a sublinhar formas interessantes de escrever, a treinar a escrita.
Ontem consegui estar um bocadinho de manhã na FNAC. A namorar livros, a cheirar livros, a folhear livros...e a concluir que precisaria mesmo de ser RICA para poder comprar todos os livros que gostaria de ter! Agora tenho que ver se arranjo tempo para ir à Feira do Livro, babar-me...e à Byblos que ainda não conheço.

sábado, 24 de maio de 2008

10 º Aniversário

Quem pensa que saltar à corda é "out" e que a tradição já não é o que era,

devia ter estado hoje em determinada Festa de Anos...

miúdos, menos miúdos e graúdos deliciaram-se

com o prazer que já vem de longe.

Dois a dar aos braços para os outros saltarem em vários estilos até ao

"FOGO".

Foi uma Festa e tanto!

Nunca na minha vida já longa de 42 anos fui acusada de ser ciumenta. Não gosto de pessoas ciumentas ou possessivas, considero o ciúme uma doença e numa relação a dois deve ser a melhor maneira de acabar com a relação rapidamente.
No entanto, agora, dou por mim a ter atitudes e sentimentos possessivos em relação a pessoas das quais gosto e com as quais me relaciono.
Há pouco tempo disseram-me que eu estava a ficar possessiva. Pus-me a pensar melhor e pensei que, na verdade, estava a ter comportamentos pouco OK. Fiquei triste comigo, mas também fico triste com as outras pessoas.
Não sei porque razão, mas quando gosto de alguém dedico-me inteiramente, dou-me e quero dar sem estar à espera de retribuição, pelo menos conscientemente, porque quando percebo que afinal o que estou a dar de mim nunca vai ser igualado pela outra pessoa, quase caio de um precípicio sem salvação possível.
Já devia ter uma maneira diferente de ver o Mundo e de me relacionar com as pessoas. O meu coração já devia saber que se devia manter fechado a sete chaves e não devia deixar-me entrar de cabeça nos relacionamentos com as outras pessoas. É que quando saímos do nosso micro cosmos para o país real, a minha importância deixa de existir e eu sou apenas mais uma pessoinha.
Será que algum dia vou deixar de ter estes pensamentos, estes sentimentos, estes relacionamentos?
Será que algum dia eu vou encontrar alguém que me queira assim tanto?
Será que eu sou real e normal?

Que me desculpem os homens que conheço e dos quais gosto, mas há ocasiões em que dou por mim a pensar como seria muito mais fácil o dia-a-dia sem eles...

Eu reconheço que eles são úteis, que sabem fazer coisas que nós, Mulheres, não sabemos, mas que são muito chatinhos e complicados, lá isso são!

Podíamos encontrar um modo de não ter que levar com a super sabedoria a toda a hora...

Os homens têm aquela qualidade maravilhosa de não colaborarem em determinadas tarefas que eles assumem ser da responsabilidade delas, mas depois das tarefas terminadas, conseguem encontrar defeitos, criticar e até dizer que se tivessem sido eles a tratar do assunto, as coisas teriam sido diferentes.

As Mulheres, por seu lado, têm um sentido muito mais prático e descomplicado das coisas. O que é para ser feito, faz-se. O que é para ser decidido, decide-se. Sem grandes ondas ou crises, com filhos a tiracolo, na maior parte das vezes!

Não, não se ofendam! Não desatem a enviar comentários dizendo que "lá em casa não é assim", que "tudo o que ela decide e faz está bem decidido e bem feito"!

Devo ser eu que ando numa fase "anti homem em casa"...

ou talvez seja "ele" que anda numa fase mais mandona da vida dele...


...mas que é difícil, lá isso é!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Rock in Rio


A sério!
Na próxima sexta feira, dia 30, lá vou EU p'ra Cidade do Rock!
Estou SUPER HIPER MEGA FELIZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Podemos ter Sol?

Achava eu que decorria o mês de Maio, achava mesmo que Junho estava à porta...mas já percebi que devo estar redondamente enganada.
A chuva não nos deixa em paz, o Sol não aquece e eu ando a ficar mesmo aborrecida com isto.
Noutros anos, por esta altura, já o meu "bronze" faz inveja a muita gente e alegra o meu espírito quando me olho ao espelho.
Este ano, 2008, é a excepção à regra. Praia nem cheirá-la (deve ser um Ser superior a zelar pela boa saúde da minha pele), Sol, quase raro...nã...eu não poderia nunca viver num país puramente europeu. Oh, minha querida África que estás tão longe...
Bem, amanhã vamos fazer a Festa de Anos da S. e do M.M.2. Já temos tudo preparado e só pedimos, por favor, que não chova, que haja Sol!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Para ti

Hoje vou estar contigo no pensamento.
Já cá andas há uns dias, semanas, talvez, mas hoje é um Dia Especial. Sei que deves estar num stress imenso e ainda mais com este tempo horroroso que não ajuda nada ...
Se conseguires concentrar-te, talvez consigas receber por telepatia as minhas mensagens de "força"...
...talvez apareça para te abraçar.

Parabéns!

O M.M.2 faz hoje anos! 10.
Mais um que vai sair da "Escola Primária"...
Mais um que vai entrar nas parvoíces da puberdade e adolescência...
Mais um a ficar crescido!

Perguntas

Porque é que as Donas de Casa não têm direito a um vencimento?
Apetecem-me Livros novos e uns All Star. Uns vermelhos e uns pretos. E ir ao RIR.

Porque é que os miúdos acordam sempre cedo nos dias em que não há Escola?
É que não consigo voltar a dormir depois de ter sido acordada...

Porque é que estamos no fim de Maio e está a chover a potes?
Não acho isto normal! Quero SOL!

Dias Especiais

22 de Maio é um desses dias.
há 10 anos que foi inaugurada ao público a EXPO 98;
há 10 anos mudei-me, pela manhã, para o Hospital de Stª Maria (grande hospital!) para conhecer o meu 3º filho, o M.M.2.
Este ano, o dia 22 de Maio vai ser o dia em que a T. e a S. vão fazer as suas 1ª Comunhão (soa estranho...mas acho que está bem dito!).
Para todos eles vai ser um dia especial que não vão esquecer!
A todos eles dedicarei os meus pensamentos amanhã! Porque são uns queridos, porque eu os adoro!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O preço da Preguiça

Ontem, vindos da Escola, decidimos fazer brioches e sumo de cenoura e laranja.
Lanchámos às 7 e meia...
A Mãe da M. chegou p'ra vir buscar. Sentámo-nos à conversa.
O A. chegou. Estava tudo alegremente indisciplinado como se fosse sexta feira.
Jantámos tardíssimo :(.
Deu-me a moleza e a preguiça...não fiz pão...
Hoje, para o pequeno almoço, tive que ir comprar pão à padaria...não é a mesma coisa...o pequeno almoço não sabe ao mesmo...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pedro Paixão

é um dos meus autores portugueses preferidos.
A escrita deste Senhor é uma escrita densa, muitas vezes bela, algumas vezes dura, quase cruel, mas é uma escrita que eu Adoro!
Ando por aqui a matutar no que hei-de escrever. Fui desafiada a escrever um Conto, quero acreditar que sou capaz, mas ainda não consegui ter uma ideia que me agrade realmente. Abri a minha estante maravilhosa e peguei no Pedro Paixão, "Nos teus braços morreríamos",

"Confissão

Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos.
É sempre a vida, é claro, mas com a distância limpíssima das palavras. E tudo sofre de uma insuficiência que a arte tenta reparar, e falha.
Eu espero que a esperança um dia venha e tudo isto não seja mais do que um exercício de gramática."

É muito bonito. Quero conseguir escrever assim :)

O nome do meu Blog

Chegou-me aos ouvidos que o nome do meu blogue tinha sido questionado.
Vekiki Projects? Mas que raio de nome é este para um blog?
Passo a explicar.
Vekiki era o nome que eu chamava a mim própria quando era pequena, Kiki é o nome que a minha Filha mais velha criou para ela própria quando começou a falar e não sabia dizer o nome dela. Actualmente só o M.M.1 a trata por Kiki e alguns dos primeiros colegas de Colégio.
Quando começámos este blogue (digo começámos porque fui eu e a C. que o criámos) a ideia era que iríamos ter imenso tempo e disponibilidade para as nossas artes manuais que iríamos expôr aqui e receber imensas encomendas! Assim, juntámos o Ve(da Mãe) com o Kiki(da Filha e da Mãe) à palavra Projects que rodopiava nas nossas cabeças!
Mas como a realidade é sempre diferente daquilo que a imaginação das louras produz, o tempo para as manualidades tem sido nulo e o blogue acabou por se revelar um projecto isolado, aqui da Mãe.
Espero que esta explicação vos tenha satisfeito...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Escola e os Pais

O novo modelo de gestão das Escolas pressupõe uma participação activa e importante dos Pais.
Estive agora a fazer um ficheiro de sócios da Associação de Pais da Escola Secundária onde estuda a C..
Trata-se de uma Escola com cerca de 1200 alunos, entre Ensino Diurno e Nocturno. A Associação de Pais tem, este ano lectivo, 69 Sócios! Que tipo de participação se pode esperar quando o interesse demonstrado está na proporção de 69 sócios para 1200 alunos (5,75%)?

Caçula doente

Começou ontem a febre. A bater os 39º.
Mãe há quase 17 anos, não gosto quando um deles fica doente...

Leituras (ou falta delas)...

Na passada semana fui convidada por uma Mãe para a ir ajudar a organizar uma exposição de fotografias num Colégio sonante aqui da zona.
À hora combinada lá estava eu.
Fomos para uma sala da Infantil cortar fotografias para colar nos painéis que iriam ser expostos no Ginásio para servirem de fundo à entrega de prémios do Rallye Paper organizado pelo Colégio.
Estavamos nós a recortar fotografias quando surgiu uma cara conhecida de todos nós. Pelo menos eu pensava que sim...
- Ah, que giro! Quem é que este Sr. tem cá no Colégio?
- Ah, é o Pai da M. Conhece-lo?
- Sim, este Sr. é escritor, é jornalista, é director da Revista Ler.
- A sério? Ah, não fazia ideia...como se chama?
- Francisco José Viegas.
- Ah, não fazia ideia...
Fiquei a pensar.
Colégio de nome. Ignorância. Perdoável?

sábado, 17 de maio de 2008

Sózinho, Caetano Veloso

Zen...



Hoje, enquanto estava lá sentada na cadeira do Dentista, fomos conversando aos bocadinhos permitidos pelo tratamento. A médica que me atende é brasileira e eu estava a dizer-lhe que não tenho um desejo especial em ir ao Brasil, mas a Moçambique sim. Que o meu modo de estar e de viver se encaixa na ideia que tenho de África e que adoraria ir lá, ou p'ra lá! Aliás é um dois sonhos que tenho na vida (noutro post falarei do outro sonho). Mesmo não sendo muito gulosa pelo Brasil, gostaria de ir à Bahia.
- Como é a Bahia, perguntei eu
- É boa p'ra gente como você. Todos os que vão p'ra lá têm esse ar Zen que você tem...
Adorei! Mas se ela soubesse como eu tenho andado tudo menos Zen...

Maio, mês dedicado às Mães na Escola dos "Pequenos"

A Escola dos pequenos decidiu reservar este mês de Maio para convidar todas as Mães a visitarem a sala (ou salas) dos seus Filhos e desenvolverem uma actividade com a respectiva turma.
Eu e a C. fomos hoje à sala do nº 4. Fomos aplicar a técnica do guardanapo em telas. Enquanto a C. preparava a cola, eu ia escrevendo nas costas das telas os nomes dos Meninos. Eles diziam as letras e eu escrevia (turma de 1º ano).
- Agora tu, diz lá as letras do teu nome...
- I n e s, com um chapéu chinês no e
Fartámos de rir!
Podemos propor esta nova designação do acento circunflexo aos Srs. que estão a organizar o (Des)Acordo Ortográfico...

Baking

Acabei agora de fazer dois bolos de manteiga para os meus meninos 2 e 4 levarem para casa dos amiguinhos onde vão passar o dia amanhã. É 01:41.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Prestar Provas!

E enquanto o mais pequeno se treina na leitura de letras e palavras, o 3º faz hoje Prova de Aferição de Língua Portuguesa.
A descontracção em pessoa, a calma, no-stress!
Espero que Ele se saia bem!
Estão todos tão crescidos...e eu, tão orgulhosa deles!

Saber Ler!


Aprender a ler é uma aventura.
Maravilhosa, diria eu.
Aqui em casa estamos a assistir ao último elemento da Família a entrar nesta Aventura!
Aqui anda ele, de livro de quadradinhos na mão, (daqueles livros de quadradinhos que eu devorava quando era miúda, ainda em brasileiro), a juntar letras, a formar palavras.
E é divertido e emocionante perceber que o nosso bébé já não o é!


Preciso…

Que venhas e
Que me aconchegues.
Que me digas que está tudo bem.
Que me enrosques para dormir.
Que me faças festas enquanto durmo,
Que veles pelo meu sono.
Que me abras a janela de manhã, p’ro Sol entrar.
Que me saibas ler e
Que me ames.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Ao volante



"Encontramo-nos a meio caminho..."
Sentei-me ao volante e lá fui eu, Marginal fora.
A chuva fez-me companhia todo o tempo.
Para quem não gostava de conduzir na Marginal e à chuva, não estou mal.
Apreciei cada kilómetro que percorri.
A Marginal é uma estrada linda, faça Sol ou faça chuva. O Mar estava lá, cinzento. O Céu estava lá, ????, não me lembro da palavra que caracteriza um Céu de chumbo...
Entrei no estacionamento combinado. De costas p'ro Mar.
O abraço que era urgente. A conversa. A vontade de estar.
Porque nunca fui mimada assim, ouvida assim, e estou a amar cada momento!
E a pressão que acordara comigo esfumou-se para o Céu ????.
Não vou agradecer porque a Amizade não se agradece. Apenas retribuir. Como no DVD da Partimpim, "de novo, de novo, de novo".
Fico à espera da palavra que define Céu de Chumbo ;)
...Plúmbeo, é a palavra que se deve ler nos pontos de interrogação.

Chorar

faz bem.
Falar sobre as coisas que nos atormentam também faz bem. Pode ser doloroso, muito doloroso, mas na maior parte das vezes é a única forma de exorcisar fantasmas e medos. Para falar é preciso ter a coragem de parar para pensar no que nos consome, é preciso ter a coragem de querer!
É preciso falar.

(Para o A., a propósito do post de dia 6/05)

Parabéns ao VeKiki Projects!!!!

Nascemos em Fevereiro e já ultrapassámos as 4000 visitas!
(por aqui há quem diga que maior parte delas são nossas...típica má língua masculina...ahahahahah!)
Obrigada a todos/as os que nos vêm ler!

O Espaço Cerebral...do sexo masculino...


Numa daquelas conversas que ouço por aí (há quem diga que eu tenho sempre a antena parabólica ligada), ouvi um elemento do sexo masculino dizer para alguém que devia ser sua Mulher, que a ocupação do cérebro dela era completamente diferente da do dele...

Hum...onde é que eu já ouvi esta conversa?, pensei eu...

Acho interessante e esta minha reflexão não se prende com qualquer tipo de posição feminista, mas sim com a tristeza que me invade quando percebo que no sec.XXI ainda existem homens que pensam assim.

Gostava mesmo de perceber porque é que eles acham sempre que Nós não temos muito em que pensar, quando

1. raramente são eles quem sabe o horário dos filhos;

2. não são eles que se preocupam com as tarefas que gerem uma casa (separar roupa branca de roupa escura, dobrar meias e cuecas, lavar e estender roupa, passar a ferro e arrumar nas respectivas gavetas, mudar camas, aspirar, limpar pó...);

3. não são eles que, ao fim do dia, têm que vestir a farda virtual de motorista e recolher as crias que a essa hora estão completamente impróprias para consumo;

4. não são eles que tomam conta de TPCs, tiram dúvidas e vão às reuniões com os professores;

5. and so on, and so on...

Pois, coitados, têm que passar o dia lá os empregos, a atender telefonemas, a responder a solicitações várias, preocupados em garantir o sustento da família. Reconheço que têm o seu mérito nessa preocupação material da gestão Familiar, mas, por favor, não menosprezem a cabecinha de quem dorme ao seu lado...é que ao fim do dia, estas cabecinhas "ocas" não conseguem fazer Reset ao seu lado maternal e roncar no sofá durante um serão inteiro...


Quem é que terá maior ocupação cerebral? eles ou Elas?

Digam de V/ justiça!

Silêncio

Abro a janela da cozinha e respiro o ar frio da noite.
Silêncio.
As folhas das árvores murmuram, abanadas pelo vento.
Pudesse eu parar a minha cabeça e mergulhar no silêncio.
Que descansa e tranquiliza...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

It´s my Life, Bon Jovi

Porque não quero morrer lentamente...


Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente,
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente,
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
E os corações aos tropeços.

Morre lentamente,
Quem não vira a mesa quando está infeliz,
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto,
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos…

Pablo Neruda

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pedido de Desculpa

Não sei muito bem quem é que me lê. Gostava que quem lê, comentasse. Espero sinceramente que quem me lê goste do que eu escrevo.
Hoje, este post é para todos os que me leêm e reveste-se de carácter de desculpa. Desculpa que devo a todos pelo estado de espírito em que ando, completamente down!
Tenho feito uma análise exaustiva ao meu cérebro na tentativa de encontrar razão p'ra tanto desalento, p'ra tanta vontade de não fazer nada. Consigo encontrar algumas e gostaria de as aspirar para dentro de um reservatório com água que depois se deita pelo cano abaixo...como faço com o pó cá de casa! Mas não dá...a minha poderosa Rainbow não foi feita para aspirar cérebros malucos.
Portanto, tenho que ser Eu a encontrar um caminho de limpeza.
Já pensei que este maldito tempo que nunca mais nos dá uns belos dias de Sol também tem bastante peso neste meu estado depress...faz-me falta o Sol e o Mar.
Prometo que vou esforçar-me para sair desta "má onda" e começar a postar aqui umas coisitas giras para todos lerem e terem vontade de aqui vir todos os dias.
Não desistam de mim!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Presuntos Implicados

Porque durante a nossa Vida mudamos muito...

Um Almoço nunca é de Graça...

Bem, já sabem que fui até à cidade e que gostei da experiência, certo?
Mas quando o prazo do encantamento terminou, voltei.
À minha espera continuava uma pilha de roupa para engomar que quase batia no tecto, um cesto cheio de peúgas e afins p'ra dobrar, uma máquina de roupa p'ra estender e uma de louça p'ra arrumar...
Bolas, porque é que aqueles passarinhos cantarolantes da Gata Borralheira não vieram até cá na minha ausência e não trataram de tudo?
E depois estranham quando eu digo que não acredito em Contos de Fadas...

Lisboa

Soube-me tão bem!
O passeio, o almoço tibetano delicioso, a companhia, o poder sentir-me Vera e não Mãe.
Soube-me tão bem poder caminhar, passear e conversar como Mulher com outra Mulher.
Soube-me tão bem sentir a Amizade presente no silêncio.
A sério, obrigada mesmo!
No primeiro serviço de transporte matinal
- Hoje vou a Lisboa à hora de almoço
- A Lisboa?! Fazer o quê?
- Vou almoçar com a G.
- Hum...ainda bem que te dás bem com ela...assim sempre há alguém que te tira de casa...

Cosmicidades

Hoje vou pegar em mim e no meu livro e apanhar o comboio à hora de almoço. Vou sentar-me e embalada pelo "pouca-terra" deixar-me ir.
Preciso de ir e quem me desafiou sabe disso.
Quem me desafiou tem tido a magia suficiente para me fazer dizer o que era preciso ser dito a alguém que não eu mesma.
Eu, que até nem acredito em seres superiores, tenho dado por mim a questionar-me sobre a importância das pessoas que se têm cruzado na minha vida nos últimos tempos. Se o Cosmos orienta tudo e se existem razões cósmicas para encontros e desencontros, então o meu último ano de vida tem sido rico em experiências cósmicas...
Vou passear pela Baixa Lisboeta, recordar, conversar, ver montras, ver pessoas diferentes.
Estou a precisar...

domingo, 11 de maio de 2008

Quantos Queres?


O M.M.2
- Pai, quantos queres?
O Pai sentado na casa de banho, a querer ler a revista
- 37!
O M.M.2 olhou para o Pai, para o Quantos Queres e contou,
- te rin ta e se te

Ausências...

Ontem à tarde fui deixar a C. em casa de uma amiga, para passar o resto do dia e dormir.
Saí de lá um bocadinho "apertada"...não gosto de não a ter em casa. Numa casa cheia do sexo masculino, ela é agora a única pessoa que consegue compreender-me melhor. Sem ela por perto fico ainda mais sózinha. Às vezes parece que é ela que me protege a mim e não eu a ela...

sábado, 10 de maio de 2008

Gosto de acordar cedo. Eu acordo sempre cedo.
Gosto de sair p'ra rua cedo, sentir o cheiro da manhã e a tranquilidade das ruas.
Gosto do silêncio efémero que me permite pensar um pouco.
Gosto de saber que há um dia novo p'ra viver.
Gosto

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Devagar...


Vamo-nos mostrando
Devagar
Em pequenos passos
Em grandes frases
Porque as palavras nos unem

Vamo-nos mostrando
Devagar
Deixando vir ao de cima
O que vamos guardando
Para ouvintes especiais

Vamo-nos mostrando
Devagar
Nos olhares que trocamos
Nos risos que partilhamos
Numa cumplicidade de pensamentos

Vamo-nos mostrando
Devagar…


Leonardo Padura, A Neblina do Passado

A única coisa que me ocorre é que as mulheres têm demasiados mistérios, somos demasiado desconhecidas até para nós próprias e, portanto, capazes de actos inimagináveis. […] Pensa assim e sê sincero: até que ponto a conhecias e a essas outras vidas anteriores e exteriores (tenho a certeza que as tinha) que nem imaginas se existiam ou não? A simplicidade dos homens, mesmo quando se julgam tão fortes, torna-os cristalinos, previsíveis, mas as mulheres…Quem conhece os recantos infinitos da sua alma, aquilo que podem chegar a fazer para se salvarem ou perderem, para se vingarem ou humilharem, para se esconderem ou revelarem de acordo com as suas conveniências?”
Subscrevo...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Momentos, I

Uma casa normal, branca. Numa esquina de uma terra que conhecia e amava desde criança. O telhado que terminava num rendilhado verde, verde como a varanda onde se sentava a ler quando o sol aquecia aquela esquina um pouco sombria.
Quando se sentava nesta varanda o coração acalmava. Aquele coração que já vivia há tantos anos com tantos sobressaltos.
A sua própria vida que, interiormente, a sobressaltava com pensamentos, fantasmas, loucuras.
Os anos passaram sem que quase desse por isso. O espelho ia-a avisando que os estragos do tempo ficariam gravados e nunca mais a largariam. O sol que adorava e que lhe cravava a pele de rugas. As preocupações que a faziam franzir a testa e marcar mais uns pontos…
Agora, tudo isso acabara.
Os filhos crescidos, o marido dedicado aos seus hobbies a tempo inteiro. A ela restava-lhe o poder das recordações, a cozinha, a escrita, a leitura…os netos.
Oh…como ela gostava de os ter por perto. Toda a vida tinha havido crianças na sua vida e não sabia viver sem elas. Com a idade aprendera a não dar tanta atenção a brigas e discussões. Agora sabia que tinha que as deixar acontecer.
As crianças davam-lhe a força que já lhe começava a faltar. Gostava de as sentar ali, na varanda, com os livros de histórias, com as canetas e os papéis. Às vezes, maior parte das vezes, os livros acabavam por ficar fechados porque a conversa era sempre como as cerejas e quando Avó e Netos se juntavam tudo tinha que ser conversado.
E as mãos…e os abraços…e os beijos…tão doces, tão autênticos.
Para ela eram o orgulho máximo! Criar e passear netos na terra que a tinha visto crescer!
Quando os Filhos eram pequenos, o dia-a-dia quase não lhe dava tempo para saborear infâncias. Na sua cabeça ficavam gravados os momentos, as palavras, as vontades, mas a corrida!
Estes meninos pequeninos, agora, enchiam os seus dias. De barulho, de alegria, de vontade de fazer coisas, de inventar histórias e passeios. A idade nunca a assustara e nunca fora, na sua vida, limite ao que lhe apetecera fazer. Muitas vezes pensava que devia proibir-se de algumas coisas, mas ficava-se pelo pensar…hoje em dia acontecia o mesmo.

- Anda, senta-te aqui no meu colo. Hoje vamos só observar quem passa e inventar histórias para cada uma das pessoas.

E num ápice surgiam gargalhadas. Eles herdaram dela aquele espírito crítico, divertido.

- Vamos à praia…please…
- Não, ficamos aqui, baloiçamo-nos na cadeira e falamos sobre a praia. A que cada um de nós vê. Eu falo da que vive dentro de mim, tu falas da das tuas brincadeiras, pode ser?

Outra vez as memórias…um Verão há muito tempo…um cruzamento de pessoas que ao conhecerem-se tiveram a noção de que havia algo que as prendia uma à outra, se se pudessem prender. Uma amizade que foi sendo construída aos poucos, devagarinho, porque entre eles havia sempre aquilo que não podia existir. De repente, a vida inundava-se de dúvidas, sobressaltos, vontades inconfessáveis, mas havia que continuar em frente com um projecto que estava bem definido na sua cabeça e onde não havia lugar para abandonar trajectórias e optar por atalhos.

- Tu amas a praia, não é Avó?
- Sempre, não há nada melhor que a areia nos pés, as ondas a bater…mesmo que o sol não se mostre. O mar, na sua quietude traz-nos paz e calma, a raiva das marés ensina-nos como a natureza é poderosa e deve ser respeitada. Tu sabes que eu adoro ondas, mar forte.

Calavam-se. Respeitavam-se nos seus silêncios. Nos seus vazios, tão cheios de intimidades. Adoravam-se como Avós e Netos se devem adorar, com o amor não espartilhado pelas regras e proibições, com a proximidade que só o Amor consegue criar entre as pessoas. Tinha sido toda uma vida a procurar a ternura, a estimular a amizade, a cultivá-la. Mas as pessoas eram tão diferentes, tão medrosas no acto de se darem.

Era esta forma “livre” de estar na Vida que tinha querido sempre transmitir aos Filhos e que gostava que os Netos fossem assimilando. A Vida passa depressa demais, corre por cima de nós e quase não nos deixa respirar. Quando conseguimos parar para pensar vemos que já passaram anos que não voltarão e nos quais houve tanta coisa que ficou por fazer, tantas palavras por dizer . Durante o tempo que a nossa Vida dura deveríamos ter a coragem suficiente para encarar tudo o que fosse surgindo, vivendo cada minuto como se de uma hora se tratasse e pensar que há tanto para viver para além do lado material da vida.

Grey's Anatomy, The Fray

Há Músicas assim...

Há cenas assim...

Reais...

Sentidas...

Inexplicáveis...

Perfeitas na representação da Vida...

...porque a Vida não é perfeita, porque não se faz como a queremos, mas da forma que Ela deixa que a façamos...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Morreste-me, José Luís Peixoto


"E não quero e não posso esquecer o que outrora senti do teu olhar. Pai, fiquei no silêncio do inverno que abraçaste. Não há primavera se não imaginar erva fresca das palavras erva fresca ditas por ti; não haverá verão se não imaginar o sol da palavra sol dita por ti; não haverá outono se não imaginar o fundo do esquecimento da palavra morte dita nos teus lábios. Por isso, pai, no ar, o silêncio de ti é sofrer, no tempo que passa, no ar, no tempo que não passa já. Não passa o tempo, sustentado na mentira das coisas pequenas falsas que só já mudam de lugar, que apenas se sucedem, que unicamente tomam o sítio umas das outras, a mentirem, deixando rasto, restolhando o seu caminho com patinhas de rato entre os arbustos secos mortos e os arbustos verdes viçosos: e nasce o sol do ocaso último que morreu contigo; e brisas fingem as brisas verdadeiras que te tocaram o rosto; nem as nuvens nem o firmamento são os mesmos: apenas mentiras a substituírem mentiras a cada momento que não passa. Faltas tu a levar o tempo. Falta o teu olhar a guiar-nos se a chuva nos puxa. Pai, ter a tua memória dentro da minha é como carregar uma vingança, é como carregar uma saca às costas com uma vingança guardada para este mundo que nos castiga, cruel, este mundo que pisa aquele outro que pudemos viver juntos, de que sempre nos orgulharemos, que amámos para nunca esquecer.
Descansa, pai, dorme pequenino, que levo o teu nome e as tuas certezas e os teus sonhos no espaço dos meus. Descansa, não vou deixar que te aconteça mal. Não se aflija, pai. Sou forte nesta terra nos meus pés. Sou capaz e vou trabalhar e vou trazer de novo aqui o mundo que foi nosso. Vou mesmo, pai. O mundo solar. Reconhecê-lo-ei, porque não o esqueci. E também o tempo será de novo, e também a vida. Sem ti e sempre contigo. A tua voz a dizer orienta-te, rapaz. Não se apoquente, pai. Eu oriento-me. Pai, não se preocupe comigo. Eu oriento-me. E vou. Anoitece a estrada no que sobra da manhã. Chove sol luz onde está o que os meus olhos vêem. A carrinha grande que prometeste, planeaste para nós, que ganhaste a trabalhar meses, leva-me. Onde estás, pai, que me deixaste só a gritar onde estás? Na angústia, preciso de te ouvir, preciso que me estendas a mão. E nunca mais nunca mais.Pai. Dorme, pequenino, que foste tanto. E espeta-se-me no peito nunca mais te poder ouvir ver tocar. Pai, onde estiveres, dorme agora. Menino. Eras um pouco muito de mim. Descansa, pai. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste todo em mim. Pai. Nunca esquecerei."
Para a Loira, que não conheço...sem mais palavras...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Verde Campestre

Nas férias de Verão havia sempre um período reservado ao campo. Numa aldeia para os lados de Torres Novas.
Vistas à distância que me separa delas, continuam a ser umas férias mágicas.
A casa para onde íamos não tinha água canalizada, mas era paredes meias com uma fonte. À fonte íamos com jarros e vasilhas de barro buscar água para casa, para beber, para nos lavarmos.
O dia era passado na rua, a brincar.
Juntavam-se restos e cascas de batatas e frutas para se dar às galinhas.
Não se passava à frente de determinadas casas para “não nos darem o quebranto”…
Ao fim do dia, quando o calor já não apertava, íamos até à “fazenda”. Apanhávamos verduras e legumes, regávamos a horta, andávamos de pés descalços na terra, tomávamos banho no tanque de rega. Pelo caminho íamos apanhando fruta das árvores e comendo, pêssegos e figos. Em Setembro, na altura da apanha dos figos, era preciso pô-los em tabuleiros ao sol, a secar. Guardar os tabuleiros ao final do dia para não apanharem a humidade da noite.
Amassava-se pão e cozia-se num forno a lenha.
Jantava-se grandes pratos de sopa de feijão vermelho e sardinhas fritas.
Não havia televisões. O serão era na rua, em cadeiras espreguiçadeiras de lona a olhar para o céu, a observar estrelas, a conversar, a brincar às escondidas.
As minhas saudades de infância passam muito por aqui.

About Freddie Mercury


"...Sim, claro, gostava de ter assistido alguma vez a um concerto dos Queen. Com Freddy Mercury, evidentemente..."

Isto diz um dos personagens deste livro que estou a ler agora e que retrata a sociedade cubana do séc. XXI, 49 anos depois de uma Revolução que se disse ser "humanista". É um livro interessante onde os livros são personagens principais.
Quanto a Freddie Mercury, também eu gostava de o ter visto ao vivo. Vi os Queen já sem ele. Não são os Queen!
Hoje levei-o para o carro, para o ouvir. Hoje é um dia especial. Um dia em que se passam 16 anos sobre o desaparecimento de uma pessoa que também Amava Freddie Mercury...a música, hoje, é para Ela! (e para o Filho, e para a sétima Neta).

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Para ti, porque sim...

"O verdadeiro amigo é aquele que diz amo-te sem medo de má interpretação."
Li algures e por isso está com aspas.
É para ti.
Sem mais explicações do que "porque sim".

Porque sim...

A Flor de Papel


Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes
Mas neles só quero e só procuro
A selvagem exalação das ondas
Subindo para os astros como um grito puro.
Sophia de Mello Breyner Andresen, [Poesia I, 1944], Mar II

Posted by Picasa

Dia da Mãe

Um abraço.
Um beijo.
Um gosto de ti.
Uma flor de papel.
E eu a sentir-me tão bem.
Porque eu não saberia viver sem eles.
Porque os ADORO.
Porque adoro ser Mãe.
Posted by Picasa

domingo, 4 de maio de 2008

De onde vens? Venho da Festa...

foi um Dia de Anos em grande! Desde manhã até à noite, o M.M.3 esteve feliz e contente! Presentes, Amigos, Festa e muita, muita brincadeira.
Quando os últimos Amigos saíram, o sono já pesava nos olhos e no corpo todo. Nada que uma banhoca quentinha e uma cama confortável não cure!
Amanhã é dia de Escola...

sábado, 3 de maio de 2008

Para onde vais? Para a Festa!


Este era o princípio de uma lengalenga que a minha outra Avó nos contava de vez em quando! E é assim que estou hoje, de avental à frente, de cozinha "artilhada", preparando as iguarias próprias de uma Festa de crianças de 6 e 7 anos. Os frigoríficos já albergam 80 e tal copos de gelatinas coloridas e rolos de salame de chocolate. Agora vou dedicar-me ao Bolo de Bolacha.


VALSAN - Um novo prazer...o Dentista!


Desde a semana passada que os meus sábados começam cedo (nada de novo até aqui...), no D e n t i s t a!

Aqui, sim, começa a novidade. Dentista era uma palavra que só de entrar nos meus tímpanos já deixava uma sensação de vómito...de pânico...de fuga...

Comecei na semana passada esta aventura que se vai prolongar no tempo, segundo o prognóstico da "Drª", brasileira, queridíssima!

Mas felizmente a tradição já não é o que era! Agora o dentista já não é aquele sítio horrível, com uma cadeira desconfortável e tipo Dr.Frankenstein e milhentas brocas barulhentas.

A Música toca num volume agradável e a cadeira é tão boa que até apetece dormir. Depois, (podem rir se quiserem), ter alguém a tratar de mim, é uma sensação diferente e tão boa!

Hoje, sem saber ler nem escrever, quando dei por mim estava a ser cosida. Tirou-me um dente e eu nem desconfiei!

Enfim...boa maneira de iniciar um sábado!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Obrigada! Está lindo!







Roupa Nova

Foi o que acabei de fazer ao blogue!
Vesti-lhe Roupa Nova!
Já estava farta do aspecto dele.
Vesti-o com uma côr mais primaverial, a atirar para o Verão!
Eu adoro mudança!
Dá-me força p'ra continuar.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Para além


de ser Dia de Espiga, hoje é também do dia de aniversário da minha sobrinha I. Faz hoje 9 anos e a festa vai ser no Centro de Ciência Viva em Sintra, (http://sintra.cienciaviva.pt).

Parabéns I.!

Boa Festa de Anos e boas experiências laboratoriais!

Quinta feira de Espiga

celebra-se hoje. Diz a tradição que devemos comprar este raminho e guardá-lo na cozinha de um ano para o outro para que nunca falte a comida em casa.
"Cada elemento simboliza um desejo:
*A espiga, que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar)
* O ramo de folhas de oliveira, que haja paz (lembra-te que a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira) e que nunca falte a luz (divina). (Dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e o azeite faz-se com as azeitonas, que são o fruto da oliveira.)
* Flores (malmequeres, papoilas, etc.), que haja alegria (simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força).
Hoje em dia, nas grandes cidades, as pessoas já não vão colher o Ramo da Espiga (nem há onde...), mas há quem os venda, tendo-os colhido e atado, fazendo negócio com a tradição... E ajudando a preservá-la.Hoje em dia, nas grandes cidades, as pessoas já não vão colher o Ramo da Espiga (nem há onde...), mas há quem os venda, tendo-os colhido e atado, fazendo negócio com a tradição... E ajudando a preservá-la."
Blog Widget by LinkWithin